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EVITA
CONTENDER
Ao servo do Senhor não convém contender.
Paulo
(II TIMÓTEO, 2:24).
Foge
aos que buscam demanda no serviço do Senhor.
Não
estão eles à procura de claridade divina para o coração.
Apenas
disputam louvor e destaque no terreno das considerações passageiras. Analisando
as letras sagradas, não atraem recursos necessários à própria iluminação e,
sim, os meios de se evidenciarem no personalismo inferior. Combatem os
semelhantes que lhes não adotam a cartilha particular, atiramse contra os serviços que lhes não guardam o controle
direto, não colaboram senão do vértice para a base, não enxergam vantagens
senão nas tarefas de que eles mesmos se incumbem. Estimam as longas discussões
a propósito da colocação de uma vírgula e perdem dias imensos para descobrir as
contradições aparentes dos escritores consagrados ao ideal de Jesus. Jamais
dispõem de tempo para os serviços da humildade cristã, interessados que se
acham na evidência pessoal. Encontram sempre grande estranheza na conjugação
dos verbos ajudar, perdoar e servir. Fixam se, invariavelmente, na zona
imperfeita da humanidade e trazem azorragues nas mãos pelo mau gosto de
vergastar. Contendem acerca de todas as particularidades da edificação
evangélica e, quando surgem perspectivas de acordo construtivo, criam novos
motivos de perturbação.
Os
que se incorporam ao Evangelho salvador, por espírito de contenda, são dos
maiores e dos mais sutis adversários do reino de Deus.
É
indispensável a vigilância do aprendiz, a fim de que se não perca no desvario
das palavras contundentes e inúteis.
Não estamos
convocados a querelar e, sim, a servir e a aprender com o Mestre; nem fomos
chamados à entronização do “eu”, mas, sim, a cumprir os desígnios superiores na
construção do reino divino em nós.
NOSSA REFLEXÃO
Nas reuniões ou trabalhos
espíritas, todos e todas são convidados a se manifestarem, tirarem dúvidas, darem
sugestões pra que o trabalho seja o mais promissor possível.
É possível que um
iniciante ou renitente (que não demora nos trabalhos) se coloquem de modo contundente,
no sentido de prevalecer o que pensa.
Sabemos que todo
trabalho espírita é assessorado por uma equipe espiritual que se coloca, como
servidor do Cristo, pra dar sequência à Sua obra neste vale de lágrimas que se
constituem, ainda, a Terra.
Então, são trabalhos
que carece de união, respeito e fraternidade pra que seus e suas participantes
sejam, o mais beneficiados e beneficiadas possível. Pois, se nos colocamos em serviço,
tanto deve ser pra servir, como pra aprender com os mais experientes.
Os espíritas foram
considerados pelos Espíritos Superiores da Codificação espírita como sendo os
trabalhadores da última hora, conforme o Cap. XX de O Evangelho Segundo o Espiritismo, que foi construído sem a interpretações de
Allan Kardec. Temos, nesse capítulo, apenas a seção Instruções dos Espíritos.
Segundo Constantino,
Espírito protetor,
O
obreiro da última hora tem direito ao salário, mas é preciso que a sua boa
vontade o haja conservado à disposição daquele que o tinha de empregar e que o
seu retardamento não seja fruto da preguiça ou da má vontade. Tem ele direito
ao salário, porque desde a alvorada esperava com impaciência aquele que por fim
o chamaria para o trabalho. Laborioso, apenas lhe faltava o labor. meus amigos,
não teria tido o salário do obreiro, mas o da preguiça.[1]
Contudo, é possível,
entre quem se dispõe ao trabalho, encontrarmos aqueles ou aquelas que aqui ou
ali, se indispõe à dinâmica do trabalho e não segue o ritmo da maioria. Constantino,
Espírito Protetor, então diz que esse ou aquela merece o salário da preguiça.
Mas também aqueles ou
aquelas que em vez de colocar a serviço do Senhor, durante o dia, se dedica a
fazer o mal e ao final do dia aparece dando sinal de disposição ao trabalho.
Estes, segundo o Espírito orientador desta instrução, é convidado a começar do
começo.
Em sua finalização instrutiva,
Constantino, Espírito Protetor finaliza, com mensagem de estimulo a todos e todas
de boa vontade:
Bons
espíritas, meus bem-amados, sois todos obreiros da última hora. Bem orgulhoso
seria aquele que dissesse: Comecei o trabalho ao alvorecer do dia e só o
terminarei ao anoitecer. Todos viestes quando fostes chamados, um pouco mais
cedo, um pouco mais tarde, para a encarnação cujos grilhões arrastais; mas há
quantos séculos e séculos o Senhor vos chamava para a sua vinha, sem que
quisésseis penetrar nela!
No mesmo capítulo acima
citado, O Espírito de Verdade, nos ilumina, como sempre, com o seguinte
estímulo:
Aproxima-se
o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da
Humanidade. Ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com
desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade! Seus dias de trabalho serão
pagos pelo cêntuplo do que tiverem esperado. Ditosos os que hajam dito a seus
irmãos: “Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor,
ao chegar, encontre acabada a obra”, porquanto o Senhor lhes dirá: “Vinde a
mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio aos vossos
ciúmes e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!”[2]
Então, que estejamos
sempre dispostos(as) ao trabalho com espírito de colaboração e fraternidade, até
pra contribuir com a dinâmica do trabalho, sem preciosismo pessoal, mas sempre
antenados(as) ao que a Doutrina dos Espíritos nos ensina, inspirada pelos ensinos de
Jesus Cristo, pois qualquer trabalho espírita deve estar embasado, como
Emmanuel orientou a Chico Xavier, em Jesus e Kardec.
Que Deus nos ajude.
Domício.