domingo, 26 de fevereiro de 2023

EVITA CONTENDER

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EVITA CONTENDER

Ao servo do Senhor não convém contender.

Paulo (II TIMÓTEO, 2:24).

Foge aos que buscam demanda no serviço do Senhor.

Não estão eles à procura de claridade divina para o coração.

Apenas disputam louvor e destaque no terreno das considerações passageiras. Analisando as letras sagradas, não atraem recursos necessários à própria iluminação e, sim, os meios de se evidenciarem no personalismo inferior. Combatem os semelhantes que lhes não adotam a cartilha particular, atiram­se contra os  serviços que lhes não guardam o controle direto, não colaboram senão do vértice para a base, não enxergam vantagens senão nas tarefas de que eles mesmos se incumbem. Estimam as longas discussões a propósito da colocação de uma vírgula e perdem dias imensos para descobrir as contradições aparentes dos escritores consagrados ao ideal de Jesus. Jamais dispõem de tempo para os serviços da humildade cristã, interessados que se acham na evidência pessoal. Encontram sempre grande estranheza na conjugação dos verbos ajudar, perdoar e servir. Fixam­ se, invariavelmente, na zona imperfeita da humanidade e trazem azorragues nas mãos pelo mau gosto de vergastar. Contendem acerca de todas as particularidades da edificação evangélica e, quando surgem perspectivas de acordo construtivo, criam novos motivos de perturbação.

Os que se incorporam ao Evangelho salvador, por espírito de contenda, são dos maiores e dos mais sutis adversários do reino de Deus.

É indispensável a vigilância do aprendiz, a fim de que se não perca no desvario das palavras contundentes e inúteis.

Não estamos convocados a querelar e, sim, a servir e a aprender com o Mestre; nem fomos chamados à entronização do “eu”, mas, sim, a cumprir os desígnios superiores na construção do reino divino em nós.

NOSSA REFLEXÃO

Nas reuniões ou trabalhos espíritas, todos e todas são convidados a se manifestarem, tirarem dúvidas, darem sugestões pra que o trabalho seja o mais promissor possível.

É possível que um iniciante ou renitente (que não demora nos trabalhos) se coloquem de modo contundente, no sentido de prevalecer o que pensa.

Sabemos que todo trabalho espírita é assessorado por uma equipe espiritual que se coloca, como servidor do Cristo, pra dar sequência à Sua obra neste vale de lágrimas que se constituem, ainda, a Terra.

Então, são trabalhos que carece de união, respeito e fraternidade pra que seus e suas participantes sejam, o mais beneficiados e beneficiadas possível. Pois, se nos colocamos em serviço, tanto deve ser pra servir, como pra aprender com os mais experientes.

Os espíritas foram considerados pelos Espíritos Superiores da Codificação espírita como sendo os trabalhadores da última hora, conforme o Cap. XX de O Evangelho Segundo o Espiritismo, que foi construído sem a interpretações de Allan Kardec. Temos, nesse capítulo, apenas a seção Instruções dos Espíritos.

Segundo Constantino, Espírito protetor,

O obreiro da última hora tem direito ao salário, mas é preciso que a sua boa vontade o haja conservado à disposição daquele que o tinha de empregar e que o seu retardamento não seja fruto da preguiça ou da má vontade. Tem ele direito ao salário, porque desde a alvorada esperava com impaciência aquele que por fim o chamaria para o trabalho. Laborioso, apenas lhe faltava o labor. meus amigos, não teria tido o salário do obreiro, mas o da preguiça.[1]

 

Contudo, é possível, entre quem se dispõe ao trabalho, encontrarmos aqueles ou aquelas que aqui ou ali, se indispõe à dinâmica do trabalho e não segue o ritmo da maioria. Constantino, Espírito Protetor, então diz que esse ou aquela merece o salário da preguiça.

Mas também aqueles ou aquelas que em vez de colocar a serviço do Senhor, durante o dia, se dedica a fazer o mal e ao final do dia aparece dando sinal de disposição ao trabalho. Estes, segundo o Espírito orientador desta instrução, é convidado a começar do começo.

Em sua finalização instrutiva, Constantino, Espírito Protetor finaliza, com mensagem de estimulo a todos e todas de boa vontade:

Bons espíritas, meus bem-amados, sois todos obreiros da última hora. Bem orgulhoso seria aquele que dissesse: Comecei o trabalho ao alvorecer do dia e só o terminarei ao anoitecer. Todos viestes quando fostes chamados, um pouco mais cedo, um pouco mais tarde, para a encarnação cujos grilhões arrastais; mas há quantos séculos e séculos o Senhor vos chamava para a sua vinha, sem que quisésseis penetrar nela!

 

No mesmo capítulo acima citado, O Espírito de Verdade, nos ilumina, como sempre, com o seguinte estímulo:

Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da Humanidade. Ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade! Seus dias de trabalho serão pagos pelo cêntuplo do que tiverem esperado. Ditosos os que hajam dito a seus irmãos: “Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra”, porquanto o Senhor lhes dirá: “Vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio aos vossos ciúmes e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!”[2]

 

Então, que estejamos sempre dispostos(as) ao trabalho com espírito de colaboração e fraternidade, até pra contribuir com a dinâmica do trabalho, sem preciosismo pessoal, mas sempre antenados(as) ao que a Doutrina dos Espíritos nos ensina, inspirada pelos ensinos de Jesus Cristo, pois qualquer trabalho espírita deve estar embasado, como Emmanuel orientou a Chico Xavier, em Jesus e Kardec.

Que Deus nos ajude.

Domício.



[1] Vide a íntegra da mensagem em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XX, Item 2.
[2]
Vide a íntegra da mensagem em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XX, Item 5.

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