domingo, 5 de fevereiro de 2023

ESTA É A MENSAGEM

 

95
ESTA É A MENSAGEM

Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros.

I João (3:11).

Em todo o mundo sentimos a enorme inquietação por novas mensagens do Céu. Forças dinâmicas do pensamento insistem em receber modernas expressões de velhas verdades, ensaiando­se criações mentais diferentes. Notamos, porém, que a arte procura novas experimentações e se povoa de imagens negativas, que a política inventa ideologias e processos inéditos de governar e dilata o curso da guerra destruidora, que a ciência busca desferir vôos mais altos e institui teorias dissolventes da concórdia e do bem­estar.

Grandes facções religiosas efetuam trabalho heróico na demonstração da eternidade da vida, suplicando sinais espetaculares do reino invisível ao homem comum.

Convenhamos que haverá sempre benefício nas aspirações elevadas do espírito humano, quando sinceramente procura as vibrações de natureza divina; todavia, necessitamos reconhecer que se há inúmeras mensagens substanciosas, edificantes e iluminadas na Terra, a maior e mais preciosa de todas, desde  o princípio da organização planetária, é aquela da solidariedade fraternal, no “amemo­nos uns aos outros”.

Esta é a recomendação primordial. Sentindo­a, cada discípulo pode examinar, nos círculos da luta diária, o índice de compreensão que já possui, acerca dos Desígnios divinos.

Mesmo que esse ou aquele irmão ainda não a tenha entendido, inicia a execução do paternal conselho em ti mesmo.

Ama sempre. Faze todo bem. Começa estimando os que te não compreendem, convicto de que esses, mais depressa, te farão melhor.

NOSSA REFLEXÃO

De fato, esta é a exortação primeira que devemos lembrar, por que deve ter sido inspirada no maior mandamento deixado por Jesus, o Messias. Por sua vez, Ele nos deixou:

Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos (MATEUS, 22:37 a 40).

 

Esta passagem é tão importante que está gravada e interpretada por A. Kardec em dois capítulos de O Evangelho Segundo o Espiritismo (Cap. XI – Amar o próximo como a sim mesmo e Cap. XV – Fora da Caridade não há Salvação).

Sobre isso, A. Kardec, nos diz:

“Amar o próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós”, é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito, que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós desejamos (Cap. XI, Item 4).

 

[...] não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar o próximo, nem amar o próximo sem amar a Deus. Logo, tudo o que se faça contra o próximo o mesmo é que fazê-lo contra Deus. Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se resumem nesta máxima: Fora da caridade não há salvação (Cap. XV, Item 5. Grifos do autor).

 

Amar o próximo como a si mesmo, passa primeiramente pelo perdão que devemos praticar com relação àquelas pessoas que nos magoaram, por que precisamos, também, do seu perdão. Conforme Um Espírito Amigo, quando disserta sobre a paciência, ele nos esclarece:

A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.[1]

 

Então, que nos deixemos inspirar, também, por Emmanuel quando nos diz, nesta mensagem: “Mesmo que esse ou aquele irmão ainda não a tenha entendido, inicia a execução do paternal conselho em ti mesmo. Ama sempre. Faze todo bem. Começa estimando os que te não compreendem, convicto de que esses, mais depressa, te farão melhor.”

Que Deus nos ajude.

Domício.



[1] Vide instrução, na íntegra, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. IX (Bem-aventurados os que são brandos e pacíficos), Item 7.

Nenhum comentário:

Postar um comentário