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ESTA É A MENSAGEM
Porque esta é a mensagem que
ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros.
I João (3:11).
Em
todo o mundo sentimos a enorme inquietação por novas mensagens do Céu. Forças
dinâmicas do pensamento insistem em receber modernas expressões de velhas
verdades, ensaiandose criações mentais diferentes. Notamos, porém, que a arte
procura novas experimentações e se povoa de imagens negativas, que a política
inventa ideologias e processos inéditos de governar e dilata o curso da guerra
destruidora, que a ciência busca desferir vôos mais altos e institui teorias
dissolventes da concórdia e do bemestar.
Grandes
facções religiosas efetuam trabalho heróico na demonstração da eternidade da
vida, suplicando sinais espetaculares do reino invisível ao homem comum.
Convenhamos
que haverá sempre benefício nas aspirações elevadas do espírito humano, quando
sinceramente procura as vibrações de natureza divina; todavia, necessitamos
reconhecer que se há inúmeras mensagens substanciosas, edificantes e iluminadas
na Terra, a maior e mais preciosa de todas, desde o princípio da organização planetária, é
aquela da solidariedade fraternal, no “amemonos uns aos outros”.
Esta
é a recomendação primordial. Sentindoa, cada discípulo pode examinar, nos
círculos da luta diária, o índice de compreensão que já possui, acerca dos
Desígnios divinos.
Mesmo
que esse ou aquele irmão ainda não a tenha entendido, inicia a execução do
paternal conselho em ti mesmo.
Ama
sempre. Faze todo bem. Começa estimando os que te não compreendem, convicto de
que esses, mais depressa, te farão melhor.
NOSSA REFLEXÃO
De fato, esta é a exortação
primeira que devemos lembrar, por que deve ter sido inspirada no maior
mandamento deixado por Jesus, o Messias. Por sua vez, Ele nos deixou:
Amarás o
Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu
espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo,
semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. Toda a lei e os
profetas se acham contidos nesses dois mandamentos (MATEUS, 22:37 a 40).
Esta passagem é tão importante
que está gravada e interpretada por A. Kardec em dois capítulos de O Evangelho Segundo o Espiritismo (Cap. XI – Amar o próximo como a sim
mesmo e Cap. XV – Fora da Caridade não há Salvação).
Sobre isso, A. Kardec, nos
diz:
“Amar o
próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros
fizessem por nós”, é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos
os deveres do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro,
a tal respeito, que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo
que para nós desejamos (Cap.
XI, Item 4).
[...] não
se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar o próximo, nem amar o próximo sem
amar a Deus. Logo, tudo o que se faça contra o próximo o mesmo é que fazê-lo
contra Deus. Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o
próximo, todos os deveres do homem se resumem nesta máxima: Fora da caridade
não há salvação (Cap.
XV, Item 5. Grifos do autor).
Amar o próximo como a
si mesmo, passa primeiramente pelo perdão que devemos praticar com relação àquelas
pessoas que nos magoaram, por que precisamos, também, do seu perdão. Conforme
Um Espírito Amigo, quando disserta sobre a paciência, ele nos esclarece:
A
caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra
há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: a de
perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do
nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.[1]
Então, que nos deixemos
inspirar, também, por Emmanuel quando nos diz, nesta mensagem: “Mesmo que esse ou aquele irmão ainda não a tenha
entendido, inicia a execução do paternal conselho em ti mesmo. Ama sempre. Faze
todo bem. Começa estimando os que te não compreendem, convicto de que esses,
mais depressa, te farão melhor.”
Que Deus nos ajude.
Domício.
[1] Vide instrução, na íntegra, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. IX (Bem-aventurados os que são
brandos e pacíficos), Item 7.
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