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NÃO É SÓ
Mas agora despojai-vos também de
todas estas coisas: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das
palavras torpes de vossa boca.
Paulo (COLOSSENSES, 3:8).
Na
atividade religiosa, muita gente crê na reforma da personalidade, desde que o
discípulo da fé se desligue de certos bens materiais.
Um
homem que distribua grande quantidade de rouparia e alimento entre os
necessitados é tido à conta de renovado no Senhor; contudo, isto constitui
modalidade da verdadeira transformação, sem representar o conjunto das
características que lhe dizem respeito.
Há
criaturas que se despojam de dinheiro em favor da beneficência, mas não cedem no terreno da opinião
pessoal, no esforço sublime de renunciação.
Enormes
fileiras de aprendizes proclamam-se dispostas à prática do bem; no entanto,
exigem que os serviços de benemerência se executem conforme os seus caprichos e
não segundo Jesus.
Em
toda parte, ouvem-se fervorosas promessas de fidelidade ao Cristo; todavia,
ninguém conseguirá semelhante realização sem observar o conjunto das obrigações
necessárias.
Pequeno
erro de cálculo pode trair o equilíbrio de um edifício inteiro. Eis por que em
se despojando alguém de algum patrimônio material, a benefício dos outros, não
se esqueça também de desintegrar, em derredor dos próprios passos, os velhos
envoltórios do rancor, do capricho doentio, do julgamento apressado ou da
leviandade criminosa, dentro dos quais afivelamos pesada máscara ao rosto, de
modo a parecer o que não somos.
NOSSA REFLEXÃO
Emmanuel, faz-nos
lembrar que mais vale ceder à opinião de outrem que atrasar nossa pureza de
coração. Devemos sempre nos colocar, onde nos encontramos, como colaboradores e
não como determinadores da vida alheia. Devemos nos livrar do que nos pesa no
Espírito, como listado por Paulo no frontispício desta mensagem.
A pureza de coração foi
tema de uma das bem-aventuranças proferidas por Cristo, no Sermão da Montanha
(MATEUS, 5:8) e o Mestre elevou a inocência das crianças à condição para entrar
no Reino dos Céus (MARCOS, 10:13 a 16).
Paulo enumera todas as
atitudes que impede nossa entrada no Reino divino. Tudo que é resultado de
nossas imperfeições, enquanto seres pensantes. Não são só os desprendimentos de
bens materiais que nos credenciarão a uma categoria mais elevada de Espírito,
mas, principalmente, o desprendimento de nossas torpezas mentais.
Allan Kardec no ensina
que “a verdadeira pureza não está somente nos atos; está também no pensamento,
porquanto aquele que tem puro o coração, nem sequer pensa no mal. Foi o que
Jesus quis dizer: Ele condena o pecado, mesmo em pensamento, porque é sinal de
impureza.”[1]
É importante ressaltar que
até quando estamos sozinhos, como encarnados, devemos nos manter em equilíbrio,
pois nunca estaremos sozinhos espiritualmente. Eis o exercício que devemos
fazer, para quando estivermos na presença de encarnados, não nos contagiemos com
os seus atos e atitudes torpes. E é lógico, que, em nos esforçando
em manter o pensamento em equilíbrio, facilmente venceremos a prova da pureza
do coração, na presença de outrem, quando nos provocarem. Mesmo respondendo a uma
atitude errada, devemos responder com calma. E sabemos que nem sempre fazemos
assim.
Brandos e pacíficos é o
que devemos ser, em qualquer situação (MATEUS, 5: 5 e 9). Allan Kardec nos
esclarece, sobre as máximas que se reportam à brandura e à paz, que: “por estas
máximas, Jesus faz da brandura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e
da paciência, uma lei. Condena, por conseguinte, a violência, a cólera e até
toda expressão descortês de que alguém possa usar para com seus semelhantes." [2]
Que Deus nos ajude.
Domício.
Comparatilho um poema de L. Angel (meu pseudônimo poético).
ResponderExcluirOS BRANDOS E PACÍFICOS: MISERICORDIOSOS
L. ANGEL 17/04/2014
Quem luta para ser brando
Herdará a Terra,
Pois vive lutando
Contra a cólera que lhe estagna e emperra.
Quem luta para ser pacífico
Será chamado Filho de Deus.
Nesta Terra, isso será o pico
Duma jornada evolutiva que Jesus prometeu.
Quem quer ser pacífico e brando
Tem que aprender a ser misericordioso.
Passa pelas provas e segue viajando.
Essa é nossa meta,
Desejo de nosso Pai amoroso.
Deixará nosso Mestre orgulhoso, na certa.