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SEGUIR A VERDADE
Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é
a cabeça, Cristo.
Paulo (EFÉSIOS,
4:15).
Porque a
verdade participa igualmente da condição relativa, inúmeros pensadores
enveredam pelo negativismo absoluto, convertendo o materialismo em zona de
extrema perturbação intelectual.
Como
interpretar a verdade, se ela parece tão esquiva aos métodos de apreciação
comum?
Alardeando
superioridade, o cientista oficioso assevera que o real não vai além das formas
organizadas, à maneira do fanático que só admite revelação divina no círculo
dos dogmas que abraça.
Paulo, no
entanto, oferece indicação proveitosa aos que desejam penetrar o domínio do
mais alto conhecimento.
É necessário
seguir a verdade em caridade, sem o propósito de encarcerá-la na gaiola da
definição limitada.
Convertamos
em amor os ensinamentos nobres recebidos. Verdade somada com caridade apresenta
o progresso espiritual por resultante do esforço. Sem que atendamos a
semelhante imperativo, seremos surpreendidos por vigorosos obstáculos no
caminho da sublimação. Necessitamos crescer em tudo o que a experiência nos
ofereça de útil e belo para a eternidade, com o Cristo, mas não conseguiremos a
realização, sem transformarmos, diariamente, a pequena parcela de verdade
possuída por nós, em amor aos semelhantes.
A compreensão
pede realidade, tanto quanto a realidade pede compreensão.
Sejamos,
pois, verdadeiros, mas sejamos bons.
NOSSA REFLEXÃO
A verdade é o conteúdo das Leis divinas. 2024 anos atrás
tivemos entre nós o representante máximo da Verdade: Jesus Cristo. Ele desceu até
nós numa missão da mais alta envergadura: nos reaproximar de Deus, apesar que
tivemos um primeiro momento de contato com as Leis: os 10 mandamentos que
Moisés nos apresentou.
Tivemos os profetas que anunciaram a sua vinda, seguindo
uma programação bem organizada, que veio a se consolidar de modo mais no nível
da consciência da Humanidade, com a vinda do Consolador: o Espiritismo.
Isto é, a Verdade não poderia ser dita de pronto, de
uma só vez, pois não conseguiríamos entender. Por isso Jesus no falou por
parábolas e explicou porque assim, respondendo aos discípulos porque falavas às
pessoas desse modo:
É porque a vós outros foi dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus; mas, a eles, isso não lhes foi dado. Porque àquele que já tem, mais se lhe dará e ele ficará na abundância; àquele, entretanto, que não tem, mesmo o que tem se lhe tirará. Falo-lhes por parábolas, porque, vendo, não veem e, ouvindo, não escutam e não compreendem. E neles se cumprirá a profecia de Isaías, que diz: ‘Ouvireis com os vossos ouvidos, e não escutareis; olhareis com os vossos olhos, e não vereis. Porque, o coração deste povo se tornou pesado, e seus ouvidos se tornaram surdos e fecharam os olhos para que seus olhos não vejam e seus ouvidos não ouçam, para que seu coração não compreenda e para que, tendo-se convertido, Eu não os cure. (Mateus, 13:10 a 15).[1]
Então, Jesus desenvolveu uma pedagogia que respeita os
limites dos educandos, primando o conhecimento doado à medida da compreensão de
quem recebe um ensinamento.
Mas Ele tranquilizou aos seus educandos que mais
tarde enviaria o Consolador, que veio na figura da Doutrina Espírita,
coordenada pelo Espírito de Verdade, que nos fez lembrar de sua passagem entre
nós:
Venho, como outrora aos transviados filhos de Israel, trazer-vos a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como o fez antigamente a minha palavra, tem de lembrar aos incrédulos que acima deles reina a imutável verdade: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinem as plantas e se levantem as ondas. Revelei a doutrina divinal. Como um ceifeiro, reuni em feixes o bem esparso no seio da Humanidade e disse: “Vinde a mim, todos vós que sofreis.”[2]
Sempre, de forma cuidadosa e amorosa, o Cristo nos
ensinou, aliando a Verdade com a Caridade. Pois o saber arrogante afasta, em vez
de aproximar.
Como Emmanuel nos ensina nesta mensagem:
Necessitamos crescer em tudo o que a experiência nos ofereça de útil e belo para a eternidade, com o Cristo, mas não conseguiremos a realização, sem transformarmos, diariamente, a pequena parcela de verdade possuída por nós, em amor aos semelhantes.
Que as pessoas se aproximem de nós, não pelo nossos conhecimentos
sobre a Verdade, mas pela nossa bondade de coração.
Que Deus nos ajude.
Domício.
PS : Compartilho uma poesia de L. Angel sobre essa temática e sobre o que discorremos em nossa reflexão.
JESUS: O SENHOR, MESTRE
E CONSOLADOR
L. Angel
18/04/2014
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