domingo, 4 de fevereiro de 2024

SEGUIR A VERDADE

 146
SEGUIR A VERDADE

Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.

Paulo (EFÉSIOS, 4:15).

Porque a verdade participa igualmente da condição relativa, inúmeros pensadores enveredam pelo negativismo absoluto, convertendo o materialismo em zona de extrema perturbação intelectual.

Como interpretar a verdade, se ela parece tão esquiva aos métodos de apreciação comum?

Alardeando superioridade, o cientista oficioso assevera que o real não vai além das formas organizadas, à maneira do fanático que só admite revelação divina no círculo dos dogmas que abraça.

Paulo, no entanto, oferece indicação proveitosa aos que desejam penetrar o domínio do mais alto conhecimento.

É necessário seguir a verdade em caridade, sem o propósito de encarcerá-la na gaiola da definição limitada.

Convertamos em amor os ensinamentos nobres recebidos. Verdade somada com caridade apresenta o progresso espiritual por resultante do esforço. Sem que atendamos a semelhante imperativo, seremos surpreendidos por vigorosos obstáculos no caminho da sublimação. Necessitamos crescer em tudo o que a experiência nos ofereça de útil e belo para a eternidade, com o Cristo, mas não conseguiremos a realização, sem transformarmos, diariamente, a pequena parcela de verdade possuída por nós, em amor aos semelhantes.

A compreensão pede realidade, tanto quanto a realidade pede compreensão.

Sejamos, pois, verdadeiros, mas sejamos bons.

NOSSA REFLEXÃO

A verdade é o conteúdo das Leis divinas. 2024 anos atrás tivemos entre nós o representante máximo da Verdade: Jesus Cristo. Ele desceu até nós numa missão da mais alta envergadura: nos reaproximar de Deus, apesar que tivemos um primeiro momento de contato com as Leis: os 10 mandamentos que Moisés nos apresentou.

Tivemos os profetas que anunciaram a sua vinda, seguindo uma programação bem organizada, que veio a se consolidar de modo mais no nível da consciência da Humanidade, com a vinda do Consolador: o Espiritismo.

Isto é, a Verdade não poderia ser dita de pronto, de uma só vez, pois não conseguiríamos entender. Por isso Jesus no falou por parábolas e explicou porque assim, respondendo aos discípulos porque falavas às pessoas desse modo:

É porque a vós outros foi dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus; mas, a eles, isso não lhes foi dado. Porque àquele que já tem, mais se lhe dará e ele ficará na abundância; àquele, entretanto, que não tem, mesmo o que tem se lhe tirará. Falo-lhes por parábolas, porque, vendo, não veem e, ouvindo, não escutam e não compreendem. E neles se cumprirá a profecia de Isaías, que diz: ‘Ouvireis com os vossos ouvidos, e não escutareis; olhareis com os vossos olhos, e não vereis. Porque, o coração deste povo se tornou pesado, e seus ouvidos se tornaram surdos e fecharam os olhos para que seus olhos não vejam e seus ouvidos não ouçam, para que seu coração não compreenda e para que, tendo-se convertido, Eu não os cure. (Mateus, 13:10 a 15).[1]

Então, Jesus desenvolveu uma pedagogia que respeita os limites dos educandos, primando o conhecimento doado à medida da compreensão de quem recebe um ensinamento.

Mas Ele tranquilizou aos seus educandos que mais tarde enviaria o Consolador, que veio na figura da Doutrina Espírita, coordenada pelo Espírito de Verdade, que nos fez lembrar de sua passagem entre nós:

Venho, como outrora aos transviados filhos de Israel, trazer-vos a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como o fez antigamente a minha palavra, tem de lembrar aos incrédulos que acima deles reina a imutável verdade: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinem as plantas e se levantem as ondas. Revelei a doutrina divinal. Como um ceifeiro, reuni em feixes o bem esparso no seio da Humanidade e disse: “Vinde a mim, todos vós que sofreis.”[2]

Sempre, de forma cuidadosa e amorosa, o Cristo nos ensinou, aliando a Verdade com a Caridade. Pois o saber arrogante afasta, em vez de aproximar.

Como Emmanuel nos ensina nesta mensagem:

Necessitamos crescer em tudo o que a experiência nos ofereça de útil e belo para a eternidade, com o Cristo, mas não conseguiremos a realização, sem transformarmos, diariamente, a pequena parcela de verdade possuída por nós, em amor aos semelhantes.

Que as pessoas se aproximem de nós, não pelo nossos conhecimentos sobre a Verdade, mas pela nossa bondade de coração.

Que Deus nos ajude.

Domício.

PS : Compartilho uma poesia de L. Angel sobre essa temática e sobre o que discorremos em nossa reflexão.

JESUS: O SENHOR, MESTRE E CONSOLADOR

L. Angel      18/04/2014

Jesus, a Inocência.
Cristo, o Mestre.
Messias, a Esperança da Divina Complacência.
Nosso Irmão, o Professor das aulas campestres.

“Eu não vim trazer a paz, mas a espada”,
Disse a Luz do mundo,
Significando a repercussão de Suas ideias ditadas,
Nesse planeta de ideário moral não fecundo.

Na Vinha do Senhor,
Não trabalha qualquer filho Seu.
Precisa estar de mãos limpas, sem amargor,
Como Paulo, um trabalhador digno das maravilhas de Deus.

Que sejamos os trabalhadores fiéis da última hora.
Discípulos convictos continuadores de Sua obra.
Unidos e instruídos, pois a Regeneração não demora.
Para isso o século não dobra.

Jesus, és a luz que nos guia.
CAMINHO iluminado.
A VERDADE que não temos aceitado.
Cristo, tu és a VIDA que não se adia.


[1] Vide explanação de Allan Kardec, na íntegra, sobre essa passagem evangélica, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XXIV, itens 4 a 7.
[2]
Vida as instruções, na íntegra, de O Espírito de Verdade, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VI, itens 5 a 8.

Nenhum comentário:

Postar um comentário