domingo, 25 de fevereiro de 2024

CRER EM VÃO

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CRER EM VÃO

Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vol-o tenho anunciado, se não é que crestes em vão.

Paulo (I CORÍNTIOS, 15:2).

Qual acontece a muitas flores que não atingirão a frutescência na estação adequada, existem inúmeras almas, nos serviços da crença, que não alcançam em longos períodos de luta terrestre a iluminação de si mesmas, por haverem crido em vão nos trilhos da vida.

Paulo de Tarso foi muito explícito quando asseverou aos coríntios que eles seriam salvos se retivessem o Evangelho.

A revelação de Jesus é campo extenso onde há lugar para todos os homens, em nos referindo aos serviços diversos.

Muitos chegam à obra, todavia, não passam além da letra, cooperando nas organizações puramente intelectuais; uns improvisam sistemas teológicos, outros contribuem na estatística e outros ainda se preocupam com a localização histórica do Senhor.

É imperioso reconhecer que toda tarefa digna se reveste de utilidade a seu tempo, de conformidade com os sentimentos do colaborador; contudo, no  que condiz com a vida eterna que o Cristianismo nos desdobra ao olhar, é imprescindível retermos em nós o ensinamento do Mestre, com vistas à necessária aplicação.

Cada aprendiz há de ser uma página viva do livro que Jesus está escrevendo com o material evolutivo da Terra. O discípulo gravará o Evangelho na própria existência ou então se preparará ao recomeço do aprendizado, porquanto, sem fixar em si mesmo a luz da lição, debalde terá crido.

NOSSA REFLEXÃO

A mensagem de Emmanuel, por Chico Xavier, ora refletida, nos aponta para a coerência dos nossos conhecimentos cristãos com os nossos atos. Estamos em uma grande Escola, em que o Mestre é o Cristo. Deixou um material extenso, pelas suas intervenções junto ao povo que o buscaram e esse material foi “apostilado” na forma dos Evangelhos, pelos evangelistas Mateus, João, Lucas e Marcos, que, reunidos, compuseram a obra Boa Nova. Quatro capítulos que guardaram harmonia em relação ao que foi contado por cada um. Mas Ele não podia dizer tudo naquela época, mas prometeu e cumpriu o envio do Consolador. Desta forma, O Espírito de Verdade, prometido, nos agraciou com o seguinte carinho espiritual, em O Evangelho Segundo o Espiritismo:

Sou o grande médico das almas e venho trazer-vos o remédio que vos há de curar. Os fracos, os sofredores e os enfermos são os meus filhos prediletos. Venho salvá-los. Vinde, pois, a mim, vós que sofreis e vos achais oprimidos, e sereis aliviados e consolados. Não busqueis alhures a força e a consolação, pois que o mundo é impotente para dá-las. Deus dirige um supremo apelo aos vossos corações, por meio do Espiritismo. Escutai-o.[1]

Desse modo, devemos ter em mente que o material oralizado e praticado por Cristo deve ser, cada vez, mais, interiorizado e praticado por nós, cristãos, de toda denominação, e, em especial, os espíritas, por ter esta relação com o Senhor através do Espiritismo, que deve ser divulgado e praticado.

É importante, nesse contexto, atentar para o que Emmanuel nos faz refletir em sua mensagem psicografada que compôs o livro Fonte Viva (Chico Xavier): “Muita vez, superestimando nossos valores, acreditamo-nos privilegiados na arte da elevação. E, em tais circunstâncias, costumamos esquecer, impensadamente, que outros estão fazendo pelo bem muito mais que nós mesmos”[2].

Não devemos viver a nos comparar com ninguém; contudo, precisamos nos comparar conosco mesmo, pensando no que estamos seguindo. Ou seja, o Evangelho do Cristo.

Que tenhamos a certeza de podemos ser cada vez melhor que nós, mesmos, na Escola de Aperfeiçoamento Moral, chamada Terra.

Que Deus nos ajude.

Domício.

PS:. Compartilho o Poema abaixo de L. Angel (meu pseudônimo poético).

JESUS: O SENHOR, MESTRE E CONSOLADOR

L. Angel

Jesus, a Inocência.

Cristo, o Mestre.

Messias, a Esperança da Divina Complacência.

Nosso Irmão, o Professor das aulas campestres.

 

“Eu não vim trazer a paz, mas a espada”,

Disse a Luz do mundo,

Significando a repercussão de Suas ideias ditadas,

Nesse planeta de ideário moral não fecundo.


Na Vinha do Senhor,

Não trabalha qualquer filho Seu.

Precisa estar de mãos limpas, sem amargor,

Como Paulo, um trabalhador digno das maravilhas de Deus.

 

Que sejamos os trabalhadores fiéis da última hora.

Discípulos convictos continuadores de Sua obra.

Unidos e instruídos, pois a Regeneração não demora.

Para isso o século não dobra.

 

Jesus, és a luz que nos guia.

CAMINHO iluminado.

A VERDADE que não temos aceitado.

Cristo, tu és a VIDA que não se adia.



[1] “Se me amais, guardai os meus mandamentos; e Eu rogarei a meu Pai e Ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê e absolutamente o não conhece (JOÃO, 14:15 a 17). Vide interpretação karquiana e a íntegra dessa mensagem (Item 7) do Espirito de Verdade, como as demais Instruções Espírito de Verdade Dele, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VI (O Cristo Consolador).
[2] Emmanuel, para escrever a página intitulada Não te enganes, do livro Fonte Viva, refletida por nós no blog Fonte Viva, se inspirou no seguinte versículo de Paulo: “Olhais para as coisas, segundo as aparências? Se alguém confia de si mesmo que é do Cristo, pense outra vez isto consigo, que assim como ele é do Cristo, também nós do Cristo somos.” Paulo (II CORÍNTIOS, 10:7).

domingo, 18 de fevereiro de 2024

CEIFEIROS

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CEIFEIROS

Então disse aos seus discípulos: a seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros.

Mateus (9:37).

O ensinamento aqui não se refere à colheita espiritual dos grandes períodos de renovação no tempo, mas sim à seara de consolações que o Evangelho envolve em si mesmo.

Naquela hora permanecia em torno do Mestre a turba de corações desalentados e errantes que, segundo a narrativa de Mateus, se assemelhava a rebanho sem pastor. Eram fisionomias acabrunhadas e olhos súplices em penoso abatimento.

Foi então que Jesus ergueu o símbolo da seara realmente grande, ladeada porém de raros ceifeiros.

É que o Evangelho permanece no mundo por bendita messe celestial destinada a enriquecer o espírito humano; entretanto, a percentagem de criaturas dispostas ao trabalho da ceifa é muito reduzida. A maioria aguarda o trigo beneficiado ou o pão completo para a alimentação própria. Raríssimos são aqueles que enfrentam os temporais, o rigor do trabalho e as perigosas surpresas que o esforço de colher reclama do trabalhador devotado e fiel.

Em razão disto, a multidão dos desesperados e desiludidos continua passando no mundo, em fileira crescente, através dos séculos.

Os abnegados operários do Cristo prosseguem onerados em virtude de tantos famintos que cercam a seara, sem a precisa coragem de buscarem por si o alimento da vida eterna. E esse quadro persistirá na Terra, até que os bons consumidores aprendam a ser também bons ceifeiros.

NOSSA REFLEXÃO

Trabalho, eis uma atividade útil. Segundo os Espíritos superiores da codificação espírita, “toda ocupação útil é trabalho”.[1]

É a partir do trabalho que nós Espíritos, seja encarnado ou desencarnado, evoluímos. O trabalho e os problemas que advém dele nos cobra o exercício da inteligência e da prática da caridade. Não devemos nos furtar de algum trabalho que possa, de algum modo, nos ajudar, pessoalmente e no exercício de ajudar o que se encontram em nosso caminho.

Emmanuel faz uma relação entre o consumo e o trabalho. Precisamos trabalhar pelo que nos alimenta (material ou espiritualmente) antes do consumo. Até quando ganhamos um prêmio, devemos saber gastá-lo de modo a produzir mais em nosso benefício e de outra pessoas, estimulando-as ao trabalho, mesmo que para isso, elas por uma necessidade extrema, precisem se alimentar do pão material, primeiro. O Cristo fez assim, já próximo da páscoa ou do seu martírio (JOÃO, 6: 1 a 15).

De outro modo, a Parábola dos Talentos nos traz o ensinamento da produtividade, quando recebemos algo, que deve ser devolvido multiplicado (MATEUS, 25:14 a 30). Sobre isso, A. Kardec nos explica,quando trata da desigualdade das riquezas:

A riqueza é um meio de o experimentar moralmente, mas como, ao mesmo tempo, é poderoso meio de ação para o progresso, não quer Deus que ela permaneça longo tempo improdutiva, pelo que incessantemente a desloca. Cada um tem de possuí-la para se exercitar em utilizá-la e demonstrar que uso sabe fazer dela (grifos do autor).[2]

Então, temos que ser bons trabalhadores tanto para ajudar nosso progresso, como o da humanidade. Há muitos sem trabalho, na atualidade, em toda parte do mundo. O certo é que todos procurem uma atividade útil e remunerativa para suprir suas necessidades, como de sua família. Contudo, não há trabalho para todos e, por isso, muitos passam fome e são chamados de desalentados, que devem ser acolhidos pela sociedade, via poder público, inclusive criando emprego e formação, como pela sociedade, não os desprezando ao avistar os desempregados, moradores de rua, espalhados por todo canto do planeta. É um problema social, é de todos nós.

Que saibamos fazer jus ao salário por estar sempre disponível para trabalho[3] e o multipliquemos na medida do possível, de forma construtiva e social e não, meramente, façamos o usufruto de condições melhores de vida. Pois, caso contrário, podemos experimentar o que tanto passam hoje em dia.

Que saibamos ser bons ceifeiros (material e moralmente) e não meros consumidores.

Que Deus nos ajude.

Domício.

Ps.: Compartilho um poema de L. Angel sobre o tema.

A LEI DO TRABALHO

L. Angel

Quem cumpre seu dever

É digno de novos serviços.

Eis o prêmio de um viver

Pautado no respeito aos compromissos.

Consciente é o bom trabalhador

Que está sempre pronto,

Pois logo surge o labor

Que é honrado ponto a ponto.

Feliz daquele que é empregado

E cumpre seu horário incansável,

Pois está sempre ocupado

Por se mostrar confiável.

A Lei do Trabalho

É uma lei moral

Que todos devem cumprir sem atalho,

Evitando, assim, todo mal.



[1] O Livro dos Espíritos, Parte terceira (Das leis morais), Cap. III (Da lei do trabalho), Questão nº 675.
[2] Vide dissertação de A. Kardec, na íntegra, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVI, Item
[3]
Vide a parábola do trabalhador da última hora e sua interpretação kardequiana, bem como as intruções dos Espíritos a respeito em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XX.

domingo, 11 de fevereiro de 2024

NÃO É SÓ

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NÃO É SÓ

Mas agora despojai-vos também de todas estas coisas: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes de vossa boca.

Paulo (COLOSSENSES, 3:8).

Na atividade religiosa, muita gente crê na reforma da personalidade, desde que o discípulo da fé se desligue de certos bens materiais.

Um homem que distribua grande quantidade de rouparia e alimento entre os necessitados é tido à conta de renovado no Senhor; contudo, isto constitui modalidade da verdadeira transformação, sem representar o conjunto das características que lhe dizem respeito.

Há criaturas que se despojam de dinheiro em favor da  beneficência, mas não cedem no terreno da opinião pessoal, no esforço sublime de renunciação.

Enormes fileiras de aprendizes proclamam-se dispostas à prática do bem; no entanto, exigem que os serviços de benemerência se executem conforme os seus caprichos e não segundo Jesus.

Em toda parte, ouvem-se fervorosas promessas de fidelidade ao Cristo; todavia, ninguém conseguirá semelhante realização sem observar o conjunto das obrigações necessárias.

Pequeno erro de cálculo pode trair o equilíbrio de um edifício inteiro. Eis por que em se despojando alguém de algum patrimônio material, a benefício dos outros, não se esqueça também de desintegrar, em derredor dos próprios passos, os velhos envoltórios do rancor, do capricho doentio, do julgamento apressado ou da leviandade criminosa, dentro dos quais afivelamos pesada máscara ao rosto, de modo a parecer o que não somos.

NOSSA REFLEXÃO

Emmanuel, faz-nos lembrar que mais vale ceder à opinião de outrem que atrasar nossa pureza de coração. Devemos sempre nos colocar, onde nos encontramos, como colaboradores e não como determinadores da vida alheia. Devemos nos livrar do que nos pesa no Espírito, como listado por Paulo no frontispício desta mensagem.

A pureza de coração foi tema de uma das bem-aventuranças proferidas por Cristo, no Sermão da Montanha (MATEUS, 5:8) e o Mestre elevou a inocência das crianças à condição para entrar no Reino dos Céus (MARCOS, 10:13 a 16).

Paulo enumera todas as atitudes que impede nossa entrada no Reino divino. Tudo que é resultado de nossas imperfeições, enquanto seres pensantes. Não são só os desprendimentos de bens materiais que nos credenciarão a uma categoria mais elevada de Espírito, mas, principalmente, o desprendimento de nossas torpezas mentais.

Allan Kardec no ensina que “a verdadeira pureza não está somente nos atos; está também no pensamento, porquanto aquele que tem puro o coração, nem sequer pensa no mal. Foi o que Jesus quis dizer: Ele condena o pecado, mesmo em pensamento, porque é sinal de impureza.”[1]

É importante ressaltar que até quando estamos sozinhos, como encarnados, devemos nos manter em equilíbrio, pois nunca estaremos sozinhos espiritualmente. Eis o exercício que devemos fazer, para quando estivermos na presença de encarnados, não nos contagiemos com os seus atos e atitudes torpes. E é lógico, que, em nos esforçando em manter o pensamento em equilíbrio, facilmente venceremos a prova da pureza do coração, na presença de outrem, quando nos provocarem. Mesmo respondendo a uma atitude errada, devemos responder com calma. E sabemos que nem sempre fazemos assim.

Brandos e pacíficos é o que devemos ser, em qualquer situação (MATEUS, 5: 5 e 9). Allan Kardec nos esclarece, sobre as máximas que se reportam à brandura e à paz, que: “por estas máximas, Jesus faz da brandura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência, uma lei. Condena, por conseguinte, a violência, a cólera e até toda expressão descortês de que alguém possa usar para com seus semelhantes." [2]

Que Deus nos ajude.

Domício.



[1] Vide explanação, na íntegra, de A. Kardec, sobre o pecado por pensamento, que o Cristo evidenciou na forma de adultério (MATEUS, 5: 27 E 28), em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VIII, Item 6.
[2]
Vide o Cap. IX (Bem-aventurados os que são brandos e pacíficos), Item 4 e demais instruções dos Espíritos de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

domingo, 4 de fevereiro de 2024

SEGUIR A VERDADE

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SEGUIR A VERDADE

Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.

Paulo (EFÉSIOS, 4:15).

Porque a verdade participa igualmente da condição relativa, inúmeros pensadores enveredam pelo negativismo absoluto, convertendo o materialismo em zona de extrema perturbação intelectual.

Como interpretar a verdade, se ela parece tão esquiva aos métodos de apreciação comum?

Alardeando superioridade, o cientista oficioso assevera que o real não vai além das formas organizadas, à maneira do fanático que só admite revelação divina no círculo dos dogmas que abraça.

Paulo, no entanto, oferece indicação proveitosa aos que desejam penetrar o domínio do mais alto conhecimento.

É necessário seguir a verdade em caridade, sem o propósito de encarcerá-la na gaiola da definição limitada.

Convertamos em amor os ensinamentos nobres recebidos. Verdade somada com caridade apresenta o progresso espiritual por resultante do esforço. Sem que atendamos a semelhante imperativo, seremos surpreendidos por vigorosos obstáculos no caminho da sublimação. Necessitamos crescer em tudo o que a experiência nos ofereça de útil e belo para a eternidade, com o Cristo, mas não conseguiremos a realização, sem transformarmos, diariamente, a pequena parcela de verdade possuída por nós, em amor aos semelhantes.

A compreensão pede realidade, tanto quanto a realidade pede compreensão.

Sejamos, pois, verdadeiros, mas sejamos bons.

NOSSA REFLEXÃO

A verdade é o conteúdo das Leis divinas. 2024 anos atrás tivemos entre nós o representante máximo da Verdade: Jesus Cristo. Ele desceu até nós numa missão da mais alta envergadura: nos reaproximar de Deus, apesar que tivemos um primeiro momento de contato com as Leis: os 10 mandamentos que Moisés nos apresentou.

Tivemos os profetas que anunciaram a sua vinda, seguindo uma programação bem organizada, que veio a se consolidar de modo mais no nível da consciência da Humanidade, com a vinda do Consolador: o Espiritismo.

Isto é, a Verdade não poderia ser dita de pronto, de uma só vez, pois não conseguiríamos entender. Por isso Jesus no falou por parábolas e explicou porque assim, respondendo aos discípulos porque falavas às pessoas desse modo:

É porque a vós outros foi dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus; mas, a eles, isso não lhes foi dado. Porque àquele que já tem, mais se lhe dará e ele ficará na abundância; àquele, entretanto, que não tem, mesmo o que tem se lhe tirará. Falo-lhes por parábolas, porque, vendo, não veem e, ouvindo, não escutam e não compreendem. E neles se cumprirá a profecia de Isaías, que diz: ‘Ouvireis com os vossos ouvidos, e não escutareis; olhareis com os vossos olhos, e não vereis. Porque, o coração deste povo se tornou pesado, e seus ouvidos se tornaram surdos e fecharam os olhos para que seus olhos não vejam e seus ouvidos não ouçam, para que seu coração não compreenda e para que, tendo-se convertido, Eu não os cure. (Mateus, 13:10 a 15).[1]

Então, Jesus desenvolveu uma pedagogia que respeita os limites dos educandos, primando o conhecimento doado à medida da compreensão de quem recebe um ensinamento.

Mas Ele tranquilizou aos seus educandos que mais tarde enviaria o Consolador, que veio na figura da Doutrina Espírita, coordenada pelo Espírito de Verdade, que nos fez lembrar de sua passagem entre nós:

Venho, como outrora aos transviados filhos de Israel, trazer-vos a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como o fez antigamente a minha palavra, tem de lembrar aos incrédulos que acima deles reina a imutável verdade: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinem as plantas e se levantem as ondas. Revelei a doutrina divinal. Como um ceifeiro, reuni em feixes o bem esparso no seio da Humanidade e disse: “Vinde a mim, todos vós que sofreis.”[2]

Sempre, de forma cuidadosa e amorosa, o Cristo nos ensinou, aliando a Verdade com a Caridade. Pois o saber arrogante afasta, em vez de aproximar.

Como Emmanuel nos ensina nesta mensagem:

Necessitamos crescer em tudo o que a experiência nos ofereça de útil e belo para a eternidade, com o Cristo, mas não conseguiremos a realização, sem transformarmos, diariamente, a pequena parcela de verdade possuída por nós, em amor aos semelhantes.

Que as pessoas se aproximem de nós, não pelo nossos conhecimentos sobre a Verdade, mas pela nossa bondade de coração.

Que Deus nos ajude.

Domício.

PS : Compartilho uma poesia de L. Angel sobre essa temática e sobre o que discorremos em nossa reflexão.

JESUS: O SENHOR, MESTRE E CONSOLADOR

L. Angel      18/04/2014

Jesus, a Inocência.
Cristo, o Mestre.
Messias, a Esperança da Divina Complacência.
Nosso Irmão, o Professor das aulas campestres.

“Eu não vim trazer a paz, mas a espada”,
Disse a Luz do mundo,
Significando a repercussão de Suas ideias ditadas,
Nesse planeta de ideário moral não fecundo.

Na Vinha do Senhor,
Não trabalha qualquer filho Seu.
Precisa estar de mãos limpas, sem amargor,
Como Paulo, um trabalhador digno das maravilhas de Deus.

Que sejamos os trabalhadores fiéis da última hora.
Discípulos convictos continuadores de Sua obra.
Unidos e instruídos, pois a Regeneração não demora.
Para isso o século não dobra.

Jesus, és a luz que nos guia.
CAMINHO iluminado.
A VERDADE que não temos aceitado.
Cristo, tu és a VIDA que não se adia.


[1] Vide explanação de Allan Kardec, na íntegra, sobre essa passagem evangélica, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XXIV, itens 4 a 7.
[2]
Vida as instruções, na íntegra, de O Espírito de Verdade, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VI, itens 5 a 8.