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COM
ARDENTE AMOR
Mas, sobretudo, tende ardente caridade
uns para com os outros.
Pedro
(I PEDRO, 4:8).
Não
basta a virtude apregoada em favor do estabelecimento do reino divino entre as criaturas.
Problema
excessivamente debatido – solução mais demorada...
Ouçamos,
individualmente, o aviso apostólico e enchamo-nos de ardente caridade, uns para
com os outros.
Bem
falar, ensinar com acerto e crer sinceramente são fases primárias do serviço. Imprescindível
trabalhar, fazer e sentir com o Cristo.
Fraternidade
simplesmente aconselhada a outrem constrói fachadas brilhantes que a experiência
pode consumir num minuto.
Urge
alcançarmos a substância, a essência...
Sejamos
compreensivos para com os ignorantes, vigilantes para com os transviados na
maldade e nas trevas, pacientes para com os enfermiços, serenos para com os irritados
e, sobretudo, manifestemos a bondade para com todos aqueles que o Mestre nos confiou para os ensinamentos de
cada dia.
Raciocínio
pronto, habilitado a agir com desenvoltura na Terra, pode constituir patrimônio
valioso; entretanto, se lhe falta coração para sentir os problemas, conduzilos
e resolvê-los, no bem comum, é suscetível de converter-se facilmente em máquina
de calcular.
Não
nos detenhamos na piedade teórica.
Busquemos
o amor fraterno, espontâneo, ardente e puro.
A caridade celeste
não somente espalha benefícios. Irradia também a divina luz.
NOSSA REFLEXÃO
Somos sujeitos de nossa
história espiritual. Precisamos seguir em paz, fraternos, benevolentes e, enfim,
caridosos com quaisquer pessoas que encontrarmos pelo caminho da estrada que
deve nos levar ao Reino de Deus.
Amor aos semelhantes, como
a si mesmo, foi o que, contundentemente, o Cristo nos exortou[1].
A. Kardec explana sobre
isso:
Amar o
próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros
fizessem por nós”, é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos
os deveres do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro,
a tal respeito, que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo
que para nós desejamos. Com que direito exigiríamos dos nossos semelhantes
melhor proceder, mais indulgência, mais benevolência e devotamento para
conosco, do que os temos para com eles? A prática dessas máximas tende à
destruição do egoísmo.[2]
Desse modo, toda
oportunidade, na relação com o outro, é oportunidade de crescimento, se
vencemos nossas tentações e tratamos, em decorrência disso, qualquer pessoa com
ardente amor.
Mas o que vem a ser amor?
O Espírito Lázaro, nos responde:
O amor resume a doutrina de Jesus inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento![4]
Que Deus nos ajude a
vencer o homem velho que se encontra em nós, pois só assim amaremos uns aos
outros, ardentemente.
Domício.
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