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SIGAMOS
ATÉ LÁ
Se vós estiverdes
em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e
vos será feito.
Jesus (JOÃO, 15:7).
Na oração dominical, Jesus
ensina aos cooperadores a necessidade de observância plena dos desígnios do
Pai.
Sabia o Mestre que a
vontade humana é ainda muito frágil e que inúmeras lutas rodeiam a criatura até
que aprenda a estabelecer a união com o Divino.
Apesar disso, a lição da
prece foi sempre interpretada pela maioria dos crentes como recurso de fácil
obtenção do amparo celestial.
Muitos pedem determinados
favores e recitam maquinalmente as fórmulas verbais. Certamente, não podem
receber imediata satisfação aos caprichos próprios, porque, no estado de queda
ou de ignorância, o espírito necessita, antes de tudo, aprender a submeter-se
aos Desígnios divinos, a seu respeito.
Alcançaremos, porém, a
época das orações integralmente atendidas. Atingiremos semelhante realização
quando estivermos espiritualmente em Cristo. Então, quanto quisermos, ser-nos-á
feito, porquanto teremos penetrado o justo sentido de cada coisa e a finalidade
de cada circunstância. Estaremos habilitados a querer e a pedir, em Jesus, e a
vida se nos apresentará em suas verdadeiras características de infinito,
eternidade, renovação e beleza.
Na condição de encarnados ou
desencarnados, ainda estamos caminhando para o Mestre, a fim de que possamos
experimentar a união gloriosa com o seu amor. Até lá, trabalhemos e vigiemos
para compreender a vontade divina.
NOSSA REFLEXÃO
O versículo inspirador, para essa escrita de
Emmanuel, se encontra numa conversa de Jesus com os discípulos em que Ele fala
de sua relação íntima, de verdadeira sintonia, que tem com o Pai. Orienta,
então que os discípulos estabeleçam com Ele a mesma sintonia. Ele é o agricultor
e nós a videira, assim como Ele é a videira e o Senhor, o agricultor (João, 15,
1).
Esta sintonia deve acontecer no momento da
oração. Assim como devemos ter paciência com a obtenção do atendimento que
ocorre, sempre, no tempo devido. Devemos saber, também, pedir, pois como Emmanuel
nos orienta:
Muitos pedem determinados
favores e recitam maquinalmente as fórmulas verbais. Certamente, não podem
receber imediata satisfação aos caprichos próprios, porque, no estado de queda
ou de ignorância, o espírito necessita, antes de tudo, aprender a submeter-se
aos Desígnios divinos, a seu respeito.
Esta mensagem nos reporta a profundas reflexões
sobre a eficácia da prece e, também, sobre a maneira de orar.
A. Kardec nos esclarece sobre como Deus nos
atende, como todo Pai deve atender a um filho:
Desta máxima: “Concedido vos será o que
quer que pedirdes pela prece”, fora ilógico deduzir que basta pedir para obter
e fora injusto acusar a Providência se não acede a toda súplica que se lhe
faça, uma vez que ela sabe, melhor do que nós, o que é para nosso bem. É como
procede um pai criterioso que recusa ao filho o que seja contrário aos seus
interesses. Em geral, o homem apenas vê o presente; ora, se o sofrimento é de
utilidade para a sua felicidade futura, Deus o deixará sofrer, como o cirurgião
deixa que o doente sofra as dores de uma operação que lhe trará a cura.[1]
Contudo, Ele nos dá força, coragem e instrumentos
para a superação de nossos problemas, além da inspiração de boas ideias nesse
sentido.
O Espírito V. Monod corrobora com A. Kardec,
nos ensinando sobre a maneira de orar:
A vossa prece deve conter o pedido das
graças de que necessitais, mas de que necessitais em realidade. Inútil,
portanto, pedir ao Senhor que vos abrevie as provas, que vos dê alegrias e
riquezas. Rogai-lhe que vos conceda os bens mais preciosos da paciência, da
resignação e da fé.[2]
Então, como Emmanuel nos motiva, nesta
mensagem, devemos seguir até o estágio de completa sintonia com Jesus, com Deus.
Assim, tudo que pedirmos ao Pai, ao Irmão mais evoluído, será atendido (Marcos,
11:12 a 14 e 20 a 23).[3]
Que Deus nos ajude a ter completo entendimento
destes conhecimentos.
Domício.
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