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HOMENS DE FÉ
Todo aquele, pois, que escuta estas
minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente que edificou a sua
casa sobre a rocha.
Jesus (MATEUS, 7:24).
Os grandes pregadores
do Evangelho sempre foram interpretados à conta de expressões máximas do
Cristianismo, na galeria dos tipos veneráveis da fé; entretanto, isso somente
aconteceu quando os instrumentos da verdade, efetivamente, não olvidaram a
vigilância indispensável ao justo testemunho.
É interessante
verificar que o Mestre destaca, entre todos os discípulos, aquele que lhe ouve
os ensinamentos e os pratica. Daí se conclui que os homens de fé não são
aqueles apenas palavrosos e entusiastas, mas os que são portadores igualmente
da atenção e da boa-vontade, perante as lições de Jesus, examinando-lhes o
conteúdo espiritual para o trabalho de aplicação no esforço diário.
Reconforta-nos
assinalar que todas as criaturas em serviço no campo evangélico seguirão para
as maravilhas interiores da fé. Todavia, cabe-nos salientar, em todos os tempos,
o subido valor dos homens moderados que, registrando os ensinos e avisos da Boa
Nova, cuidam, desvelados, da solução de todos os problemas do dia ou da
ocasião, sem permitir que suas edificações individuais se processem longe das
bases cristãs imprescindíveis.
Em todos os serviços, o
concurso da palavra é sagrado e indispensável, mas aprendiz algum deverá
esquecer o sublime valor do silêncio, a seu tempo, na obra superior do
aperfeiçoamento de si mesmo, a fim de que a ponderação se faça ouvida, dentro
da própria alma, norteando-lhe os destinos.
NOSSA REFLEXÃO
Há uma diferença entre aquele que acredita
e o que mostra que segue o que acredita. Somos convidados a nos transformar
diariamente, dado que, se somos estudiosos da Doutrina Cristã espírita, devemos
internalizá-la no dia a dia através de nossos pensamentos e ações.
Somos identificados e avaliados
socialmente, não só pelo que mostramos saber, mas, muito mais, pelo que mostramos fazer.
Se temos a fácil palavra, somos convidados a falar. É nesse momento que as
nossas responsabilidades aumentam.
Sabemos, também, que o estudo é um passo para
evoluir moralmente, pois senão não teríamos evoluções na sistematização da
implantação do Evangelho na Terra.
Até hoje, conhecemos, da Doutrina Cristã, três
revelações: duas identificadas numa personalidade – Moisés e Jesus; e uma
terceira, sem personalização, pois é atribuída aos Espíritos Superiores sob a
égide de Jesus Cristo – A Doutrina Espírita ou o Espiritismo[1].
O problema do ser humano, particularmente
os que demonstram saber, é que nem sempre demonstram ser o que mostram entender.
Somos desafiados, a todo instante, a mostrar que sabemos. Infelizmente, falhamos
muito quando somos provados em nossa fé. Passamos por uma iniciação diariamente
e o embate entre o que sabemos e o que sentimos é muito grande. É quando, às vezes, traímos
a nossa fé, ao relevar o que sentimos inferiormente.
Ou seja, devemos ter cuidado conosco no
dia a dia para que não nos transformemos em falsos profetas (MATEUS, 7:21)[2].
Ou ainda, como Emmanuel nos adverte: “É interessante verificar que o Mestre destaca, entre
todos os discípulos, aquele que lhe ouve os ensinamentos e os pratica.”
É uma luta que, com
perseverança e fé, nós venceremos.
Que Deus nos ajude.
Domício.
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