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ANSIEDADES
Lançando sobre ele toda
a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado
de vós.
I Pedro (5:7).
As ansiedades armam muitos crimes e jamais edificam algo de
útil na Terra.
Invariavelmente, o homem precipitado conta
com todas as probabilidades contra si.
Opondo-se às inquietações angustiosas,
falam as lições de paciência da natureza, em todos os setores do caminho
humano.
Se o homem nascesse para andar ansioso, seria dizer que veio ao mundo, não na categoria de trabalhador em tarefa
santificante, mas por desesperado sem
remissão.
Se a criatura refletisse mais sensatamente
reconheceria o conteúdo de serviço que os momentos de cada dia lhe podem
oferecer e saberia vigiar, com acentuado valor, os patrimônios próprios.
Indubitável que as paisagens se
modificarão incessantemente, compelindo-nos a enfrentar surpresas
desagradáveis, decorrentes de nossa atitude inadequada, na alegria ou na dor;
contudo, representa impositivo da lei a nossa obrigação de prosseguir
diariamente, na direção do bem.
A ansiedade tentará violentar corações generosos, porque as estradas
terrenas desdobram muitos ângulos obscuros e problemas de solução difícil;
entretanto, não nos esqueçamos da receita de
Pedro.
Lança as inquietudes sobre as tuas
esperanças em Nosso Pai celestial, porque o divino Amor cogita do bem-estar de
todos nós.
Justo é desejar, firmemente, a vitória da luz, buscar a paz com perseverança, disciplinar-se para a
união com os planos superiores,
insistir por sintonizar-se com as
esferas mais altas. Não olvides, porém, que a ansiedade precede sempre a ação
de cair.
NOSSA REFLEXÃO
No dia a dia de nossas vidas, há momentos
que nos afligimos além do necessário, porque não paramos para pensar que tudo
segue uma lógica que descambará em algo que pode ser trágico ou libertário.
Assim, nos destoamos da natureza, que como Emmanuel nos fala nesta mensagem, por
nos opor às suas “[...] lições de paciência [...]”.
Paciência é a virtude de que quem achar o
melhor para si e para os outros. Se a temos, esperamos em um poder maior,
fazendo a nossa parte, como faz a natureza (Mateus, 6:25 e 26)[1]. A
paciência também é uma condição para que façamos nosso trabalho confiantes em
seus resultados, mas sabendo que estamos em aprendizagem constante. Isto nos dá
a consciência de que nem tudo segue a nossa lógica do nosso pensar e que, também,
todo trabalho é feito sob certas condições que não dependem somente de nós.
Lembremos disto quando algo não se dê como
esperamos. Como diz Um Espírito Amigo: “Se, porém, atentarmos nos
deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações que, por outro
lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as bênçãos muito mais numerosas
do que as dores” [2].
Assim, esperemos, sempre em Deus, pois
como Emmanuel finaliza esta mensagem, nos alertando que muitas vezes caímos por
causa de nossas ansiedades, “justo é desejar, firmemente, a vitória da luz, buscar a paz com perseverança, disciplinar-se para a
união com os planos superiores,
insistir por sintonizar-se com as
esferas mais altas”.
Sigamos, assim, pacientes, sem ansiedades.
Que Deus nos ajude.
Domício.
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