domingo, 14 de março de 2021

VALEI-VOS DA LUZ

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VALEI-VOS DA LUZ

Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem.

Jesus (JOÃO, 12:35).

O homem de meditação encontrará pensamentos divinos, analisando o passado e o futuro. Ver-se-á colocado entre duas eternidades – a dos dias que se foram e a que lhe acena do porvir.

Examinando os tesouros do presente, descobrirá suas oportunidades preciosas.

No futuro, antevê a bendita luz da imortalidade, enquanto no pretérito se localizam as trevas da ignorância, dos erros praticados, das experiências mal vividas. Esmagadora maioria de personalidades humanas não possui outra paisagem, com respeito ao passado próximo ou remoto, senão essa constituída de ruína e desencanto, compelindo-as a revalorizar os recursos em mão.

A vida humana, pois, apesar de transitória, é a chama que vos coloca em contato com o serviço de que necessitais para a ascensão justa. Nesse abençoado ensejo, é possível resgatar, corrigir, aprender, ganhar, conquistar, reunir, reconciliar e enriquecer-se no Senhor.

Refleti na observação do Mestre e apreender-lhe-eis o luminoso sentido. Andai enquanto tendes a luz, disse Ele.

Aproveitai a dádiva de tempo recebida, no trabalho edificante.

Afastai-vos da condição inferior, adquirindo mais alto entendimento.

Sem os característicos de melhoria e aprimoramento no ato de marcha, sereis dominados pelas trevas, isto é, anulareis vossa oportunidade santa, tornando aos impulsos menos dignos e regressando, em seguida à morte do corpo, ao mesmo sítio de sombras, de onde emergistes para vencer novos degraus na sublime montanha da vida.

NOSSAS REFLEXÕES

Nossas vidas pretéritas reúnem uma série de atropelos que nos prejudicaram, como a muitos. Somos responsáveis pelos nossos pensamentos e atos. Todavia, o jargão “a vida continua” não se refere tão somente quando nós ou alguém conhecido parte para a pátria espiritual. Morremos todos os dias para ressurgir no outro com múltiplas oportunidades de rever o passado, inclusive desta vida, no sentido de nos redimir de nossas falhas e nos motivar com o que fizemos de bem para nós e para o próximo.

Jesus é a luz perene. E temos os disparadores desta luminosidade quando buscamos uma leitura edificante, doutrinária ou não. É quando estamos sob a luz.

É bem verdade que já estamos sob a luz do Cristo há milênios e temos mostrado reticentes a esta luz e por isso caímos. Ou seja, nos acostumamos com a pouquíssima luminosidade que percebemos, o que significa, em linguagem figurada, que nos acomodamos às trevas.

Contudo, todo dia é dia de avançar. Como Emmanuel nos estimula,

a vida humana, pois, apesar de transitória, é a chama que vos coloca em contato com o serviço de que necessitais para a ascensão justa. Nesse abençoado ensejo, é possível resgatar, corrigir, aprender, ganhar, conquistar, reunir, reconciliar e enriquecer-se no Senhor.

Quando nos sintonizamos a este pensamento, a luz aumenta de intensidade e podemos seguir em frente, sem olhar para trás. Olhar para trás, nos desanima.

Não é à toa que ao reencarnarmos, esquecemos o passado, para recomeçar novas oportunidades com desafetos, se for necessário, sem a angústia de saber que a eles tenhamos feito mal. A família está recheada de reencontros assim[1].

Mas como somos reticentes à paz e à reconciliação, acabamos que, em vez de melhorarmos nossa situação, nós agravamos algumas relações ou nos afastamos delas.

Sabedores que estamos no mundo para nos elevar, que possamos, de modo maduro, esquecer o passado desta vida (não da memória, mas do coração), ainda nela.

Busquemos, assim, sempre a luz e ela surgirá no final do túnel[2] e do ponto em que estamos até adiante, devemos manter a disciplina de não olhar para traz. Isto significa autoperdão, autorreconciliação. Se Deus nos perdoa incessantemente, devemos nos perdoar também e perdoar o próximo[3].

Que Deus nos ajude.

Domício.

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