176
NA REVELAÇÃO DA VIDA
E os apóstolos davam, com grande
poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante
graça.
Atos (4:33).
Os
companheiros diretos do Mestre divino não estabeleceram os serviços da
comunidade cristã sobre princípios cristalizados, inamovíveis. Cultuaram a ordem,
a hierarquia e a disciplina, mas amparavam também o espírito do povo,
distribuindo os bens da revelação espiritual, segundo a capacidade receptiva de
cada um dos candidatos à nova fé.
Negar,
presentemente, a legitimidade do esforço espiritista, em nome da fé cristã, é
testemunho de ignorância ou leviandade.
Os
discípulos do Senhor conheciam a importância da certeza na sobrevivência para o
triunfo na vida moral. Eles mesmos se viram radicalmente transformados, após a
ressurreição do Amigo celeste, ao reconhecerem que o amor e a justiça regem o ser
além do túmulo. Por isso mesmo, atraíam companheiros novos, transmitindolhes a
convicção de que o Mestre prosseguia vivo e operoso, para lá do sepulcro.
Em
razão disso, o ministério apostólico não se dividia tãosomente na discussão
dos problemas intelectuais da crença e nos louvores adorativos. Os
continuadores do Cristo forneciam, “com grande poder, testemunho da
ressurreição do Senhor Jesus” e, em face do amor com que se devotavam à obra salvacionista,
neles havia “abundante graça”.
O
Espiritismo evangélico vem movimentar o serviço divino que envolve em si, não somente a crença consoladora, mas
também o conhecimento indiscutível da imortalidade.
As
escolas dogmáticas prosseguirão alinhando artigos de fé inoperante, congelando
as idéias em absurdos afirmativos, mas o Espiritismo cristão vem restaurar, em
suas atividades redentoras, o ensinamento da ressurreição individual,
consagrado pelo Mestre divino, que voltou, Ele mesmo, das sombras da morte,
para exaltar a continuidade da vida.
NOSSA REFLEXÃO
Somos imortais. Eis o
que devemos exaltar, quando possível, em nossas reuniões voltada para o estudo
do Espiritismo ou reuniões familiares ou entre amigos e amigas, se for de
interesse de todos e de todas.
O Cristo voltou da
morte! Somente Tomé ficou relutante em acreditar. E para isso, Ele reapareceu
entres os discípulos e pediu que tocassem em suas chagas.
Então, eles tiveram a
motivação maior pra crer e divulgar a imortalidade da alma. O Cristo voltou pra
mostrar isso.
É importante ressaltar
a orientação espírita que nossa vida não termina com a morte do corpo físico e muito
menos iniciou com a fecundação dele.
A partir dessa vida,
devemos pensar na vida futura, como sendo o que mais importa na vida física
atual.
Este assunto é tomado
no 2º capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo (Meu reino não é deste
mundo (JOÃO, 18:33, 36 e 37), pela importância dele.
Sobre isso, A. Kardec
expõe, interpretando os versículo citados acima:
Por essas palavras, Jesus claramente se refere à vida futura, que Ele apresenta, em todas as circunstâncias, como a meta que a Humanidade irá ter e como devendo constituir objeto das maiores preocupações do homem na Terra. Todas as suas máximas se reportam a esse grande princípio. Com efeito, sem a vida futura, nenhuma razão de ser teria a maior parte dos seus preceitos morais, donde vem que os que não creem na vida futura, imaginando que Ele apenas falava na vida presente, não os compreendem, ou os consideram pueris.[1]
Assim, é fundamental a
Doutrina Espírita para termos em mente que o que fazemos hoje, repercutirá na vida
futura. Este conhecimento nos dá a certeza, também, de que a nossa família e círculo
de amizades não acabam com morte do corpo físico.
Pois, como diz Emmanuel,
nesta mensagem, “o Espiritismo evangélico vem
movimentar o serviço divino que envolve
em si, não somente a crença consoladora, mas também o conhecimento
indiscutível da imortalidade”.
Que Deus nos ajude a
fazer desse ensinamento uma ponte para a nossa evolução espiritual.
Domício.
[1] Vide dissertação, na íntegra, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. II (Meu reino não é deste mundo),
Itens 2 e 3 (A vida futura).
Nenhum comentário:
Postar um comentário