sábado, 29 de junho de 2024

SUSPENSÃO

 Caríssimos(as) leitores(as) deste blog e estudiosos(as) da Doutrina Espírita.

Por motivos outros, retorno a essa atividade no domingo de 14/07/2024.

domingo, 23 de junho de 2024

SUSPENSÃO POR HOJE

 Um bom dia aos (às) leitores(as) deste blog e estudiosos(as) da Doutrina Espírita.

Hoje, por motivo de trabalho, não farei a reflexão desta manhã.

Até o domingo que vem!

Muita paz e alegrias!!


Deixo uma poesia de L. Angel ( meu pseudônimo poético) pra uma reflexão.


PERDOAR É NECESSÁRIO. ESQUECER, NÃO.

L. Angel     03/10/2021

A dor da alma

Reflete na dor corporal.

Se o perdão não lhe acalma

A dor aumenta como um grande mal  21/08/2012

Aquele que perdoa

Obtém o perdão de Deus.

E no coração do perdoado ecoa:

"Mais uma chance você recebeu..."    05/01/2012

Quem ama, perdoa.

Quem perdoa, se aproxima.

Se aproximando, se doa.

Se doando, se sublima!                        29/05/2015

Quando a compreensão vier,

Será mais fácil "esquecer".

Quanto antes puder,

Liberta-te para um novo viver.        18/08/2020


domingo, 16 de junho de 2024

MANIFESTAÇÕES ESPIRITUAIS

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MANIFESTAÇÕES ESPIRITUAIS

Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.

Paulo (I CORÍNTIOS, 12:7).

Com a revivescência do Cristianismo puro, nos agrupamentos do Espiritismo com Jesus, verifica-se idêntica preocupação às que torturavam os aprendizes dos tempos apostólicos, no que se refere à mediunidade.

A maioria dos trabalhadores na evangelização inquieta-se pelo desenvolvimento imediato de faculdades incipientes.

Em determinados centros de serviço, exigem-se realizações superiores às possibilidades de que dispõem; em outros, sonha-se com fenômenos de grande alcance.

O problema, no entanto, não se resume a aquisições de exterior.

Enriqueça o homem a própria iluminação íntima, intensifique o poder espiritual, através do conhecimento e do amor, e entrará na posse de tesouros eternos, de modo natural.

Muitos aprendizes desejariam ser grandes videntes ou admiráveis reveladores, embalados na perspectiva de superioridade, mas não se abalançam nem mesmo a meditar no suor da conquista sublime.

Inclinam-se aos proventos, mas não cogitam do esforço. Nesse sentido, é interessante recordar que Simão Pedro, cujo espírito se sentia tão bem com o Mestre glorioso no Tabor, não suportou as angústias do Amigo flagelado no Calvário.

É justo que os discípulos pretendam o engrandecimento espiritual, todavia, quem possua faculdade humilde não a despreze porque o irmão mais próximo seja detentor de qualidades mais expressivas. Trabalhe cada um com o material que lhe foi confiado, convicto de que o Supremo Senhor não atende, no problema de manifestações espirituais, conforme o capricho humano, mas, sim, de acordo com a utilidade geral.

NOSSA REFLEXÃO

A mediunidade foi a porta da Doutrina Espírita no seio da sociedade necessitada de informações mais precisas dos ensinamentos do Cristo. Sabemos que o Mestre prometeu enviar o Consolador que se constituiu no Espiritismo, 1857 anos depois de sua partida.[1]

Então, a Doutrina foi colocada à disposição para que as pessoas compreendessem as coisas que o Cristo não poderia explicar na sua estada entre nós. Isto se deu através da mediunidade.

O modo como foi recebido o fenômeno da mediunidade, separou os simpatizantes do Espiritismo em duas categorias de espíritas: aqueles que viam nos fenômenos uma possibilidade de crescimento e aqueles que se prendiam tão somente a eles.

O Espírito Erasto dissertando sobre a missão dos espíritas, nos alertou:

Arme-se a vossa falange de decisão e coragem! Mãos à obra! o arado está pronto; a terra espera; arai! Ide e agradecei a Deus a gloriosa tarefa que Ele vos confiou; mas atenção! entre os chamados para o Espiritismo muitos se transviaram; reparai, pois, vosso caminho e segui a verdade. Pergunta. – Se, entre os chamados para o Espiritismo, muitos se transviaram, quais os sinais pelos quais reconheceremos os que se acham no bom caminho? Resposta. – Reconhecê-los-eis pelos princípios da verdadeira caridade que eles ensinarão e praticarão. Reconhecê-los-eis pelo número de aflitos a que levem consolo; reconhecê-los-eis pelo seu amor ao próximo, pela sua abnegação, pelo seu desinteresse pessoal; reconhecê-los-eis, finalmente, pelo triunfo de seus princípios, porque Deus quer o triunfo de sua lei; os que seguem sua lei, esses são os escolhidos e Ele lhes dará a vitória;[2]

Temos, então, que destacar as características dos que se afastaram. Isto é feito por A. Kardec, quando trata dos bons espíritas:

Nalguns ainda muito tenazes são os laços da matéria para permitirem que o Espírito se desprenda das coisas da Terra; a névoa que os envolve tira-lhes a visão do infinito, donde resulta não romperem facilmente com os seus pendores, nem com seus hábitos, não percebendo haja qualquer coisa melhor do que aquilo de que são dotados. Têm a crença nos Espíritos como um simples fato, mas que nada ou bem pouco lhes modifica as tendências instintivas. Numa palavra: não divisam mais do que um raio de luz, insuficiente a guiá-los e a lhes facultar uma vigorosa aspiração, capaz de lhes sobrepujar as inclinações. Atêm-se mais aos fenômenos do que à moral, que se lhes afigura cediça e monótona. Pedem aos Espíritos que incessantemente os iniciem em novos mistérios, sem procurar saber se já se tornaram dignos de penetrar os arcanos do Criador. Esses são os espíritas imperfeitos, alguns dos quais ficam a meio caminho ou se afastam de seus irmãos em crença, porque recuam ante a obrigação de se reformarem, ou então guardam as suas simpatias para os que lhes compartilham das fraquezas ou das prevenções.[3]

Então, é necessário que tenhamos o cuidado para que nos inspiremos no que pode nos fazer bons espíritas ou verdadeiros espíritas, que, para A. Kardec, caracterizando mais, ainda, as duas categorias de espíritas, pode-se dizer que:

Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más. Enquanto um se contenta com o seu horizonte limitado, outro, que apreende alguma coisa de melhor, se esforça por desligar-se dele e sempre o consegue, se tem firme a vontade (grifos do autor).[4]

Então, é importante que sejamos zelosos com o contato com a Doutrina Espírita para que possamos aproveitar o máximo possível dela, tendo em vista nossa evolução espiritual. Pois, para Emmanuel, nesta mensagem, devemos trabalhar, cada um de nós, com o que recebemos, convictos “[...] de que o Supremo Senhor não atende, no problema de manifestações espirituais, conforme o capricho humano, mas, sim, de acordo com a utilidade geral.”

Que Deus nos ajude.

Domício.



[1] “Se me amais, guardai os meus mandamentos; e Eu rogarei a meu Pai e Ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: O Espírito de Capítulo VI 106 Verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê e absolutamente o não conhece. Mas quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito.” (João, 14:15 a 17 e 26). Vide interpretação espírita em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VI (O Cristo Consolador).
[2] Vide, na íntegra, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XX (Os trabalhadores da última hora), Item 4 (Missão dos espíritas).
[3] Vide, na íntegra, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVII (Sede perfeitos), Item 4 (Os bons espíritas).
[4] Vide, na íntegra, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVII (Sede perfeitos), Item 4 (Os bons espíritas).

domingo, 9 de junho de 2024

SUSPENSÃO POR HOJE

 Um bom dia aos (às) leitores(as) deste blog e estudiosos(as) da Doutrina Espírita.

Hoje, por motivo de trabalho, não farei a reflexão desta manhã.

Até o domingo que vem!

Muita paz e alegrias!!

domingo, 2 de junho de 2024

VÓS, QUE DIZEIS?

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VÓS, QUE DIZEIS?

E perguntou-lhes: E vós, quem dizeis que eu sou?

(LUCAS, 9:20).

Nas discussões propriamente do mundo, existirão sempre escritores e cientistas dispostos a examinar o Mestre, na pauta de suas impressões puramente intelectuais, sob os pruridos da presunção humana.

Esses amigos, porém, não tiveram contacto com a alma do Evangelho, não superaram os círculos acadêmicos e nem arriscam títulos convencionais, numa excursão desapaixonada através da revelação divina; naturalmente, portanto, continuarão enganados pela vaidade, pelo preconceito ou pelo temor que lhes são peculiares ao transitório modo de ser, até que se lhes renove a experiência nas estradas da vida imperecível.

Entretanto, na intimidade dos aprendizes sinceros e fiéis, a pergunta de Jesus reveste-se de singular importância.

Cada um de nós deve possuir opiniões próprias, relativamente à sabedoria e à misericórdia com que temos sido agraciados.

Palestras vãs, acerca do Cristo, quadram bem apenas a espíritos desarvorados no caminho da vida. A nós outros, porém, compete o testemunho da intimidade com o Senhor, porque somos usufrutuários diretos de sua infinita bondade. Meditemos e renovemos aspirações em seu Evangelho de amor, compreendendo a impropriedade de mútuas interpelações, com respeito ao Mestre, porque a interrogação sublime vem dele a cada um de nós e todos necessitamos conhecê-lo, de modo a assinalá-lo em nossas tarefas de cada dia.

NOSSA REFLEXÃO

Esse versículo, que Emmanuel escolheu pra o prompt de sua mensagem, através de Chico Xavier, ocorreu próximo ao calvário do Mestre.

Chegava o fim de Sua Missão, entre nós, e Ele precisava deixar costurado com o seus discípulos alguns entendimentos sobre a sua realidade espiritual junto ao Pai e sua missão reencarnatória entre nós.

Respondendo à Pedro sobre a sua realidade dita pelas pessoas comuns e ou religiosas, Ele orientou sobre o seu sacrifício e a real relação que deveríamos ter com Ele e da necessidade de cada um carregar sua cruz:

É necessário o filho do homem padecer muitas {coisas}, ser rejeitado pelos anciãos, sumos-sacerdotes e escribas, ser morto e levantar-se no terceiro dia. Ele dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome a sua cruz a cada dia, e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá, e quem perder a sua vida por minha causa, esse a salvará. Porquanto, que benefício tem o homem ao ganhar o mundo inteiro, destruindo a si mesmo ou sofrendo perda? (LUCAS, 9: 22-25).[1] 

Sobre a nossa coragem diante de nossas atribulações (simbolizada pela cruz, que Ele carregou e orientou que carregássemos a nossa), A. Kardec nos explica que Ele quis dizer, de outro modo, que devemos suportar

[...] corajosamente as tribulações que sua fé lhe acarretar, dado que aquele que quiser salvar a vida e seus bens, renunciando a mim, perderá as vantagens do Reino dos Céus, enquanto os que tudo houverem perdido neste mundo, mesmo a vida, para que a verdade triunfe, receberão, na vida futura, o prêmio da coragem, da perseverança e da abnegação de que deram prova. Mas aos que sacrificam os bens celestes aos gozos terrestres, Deus dirá: “Já recebestes a vossa recompensa”.[2]

Que tenhamos, então, consciência dessa cumplicidade espiritual que devemos ter com o Mestre, de modo construtivo, sem perder de vista a nossa realidade espiritual após a perda do corpo físico, ou seja, a nova vida futura.[3]

Que Deus nos ajude.

Domício.


[1] Vide em O Novo Testamento (Dias, 2013 , p. 299)
[2] Vide em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XXIV (Não ponhais a candeia debaixo do alqueire), Item 19 (Carregar sua cruz. Quem quiser salvar a vida, perdê-la-á).
[3]
Vide a respeito em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. II (Meu reino não é deste mundo), Item 2 (A vida futura).