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FAZEI PREPARATIVOS
Então ele
vos mostrará um grande cenáculo mobilado; aí, fazei preparativos.
Jesus (LUCAS, 22:12).
Aquele
cenáculo mobilado, a que se referiu Jesus, é perfeito símbolo do aposento
interno da alma.
À face da
natureza que oferece lições valiosas em todos os planos de atividade,
observemos que o homem aguarda cada dia, renovando sempre as disposições do
lar. Aqui, varrem-se detritos; acolá, ornamentam-se paredes. Os móveis, quase
sempre os mesmos, passam por processos de limpeza diária.
O homem
consciencioso reconhecerá que a maioria das ações, na experiência física,
encerra-se em preparação incessante para a vida com que será defrontado, além
da morte do corpo.
Se isto
ocorre com a feição material da vida terrena, que não dizer do esforço
propriamente espiritual para o caminho eterno?
Certamente,
numerosas criaturas atravessarão o dia à maneira do irracional, em movimentos
quase mecânicos. Erguem-se do leito, alimentam o corpo perecível, absorvem a
atenção com bagatelas e dormem de novo, cada noite.
O aprendiz
sincero, todavia, sabe que atingiu o cenáculo simbólico do coração. Embora não
possa mudar de idéias diariamente, qual acontece aos móveis da residência, dá-lhes
novo brilho a cada instante, sublimando os impulsos, renovando concepções,
elevando desejos e melhorando sempre as qualidades estimáveis que já possui.
O homem
simplesmente terrestre mantém-se na expectativa da morte orgânica; o homem
espiritual espera o Mestre Divino, para consolidar a redenção própria.
Não
abandoneis, portanto, o cenáculo da fé e, aí dentro, fazei preparativos em
constante ascensão.
NOSSA REFLEXÃO
Emmanuel, nesta mensagem, nos convida à reforma íntima
tão necessária para que estejamos sempre preparado para novas enxertias[1]
que o o divino Semeador venha a fazer em nós.
A reforma íntima é o meio de constante melhoria espiritual
que devemos fazer a nos tornar Espíritos Puros[2].
Allan Kardec nos ilumina sobre essa necessidade, quando
nos ensina, dissertando sobre as características dos bons espíritas: “Reconhece-se
o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega
para domar suas inclinações más.”[3]
Que estejamos sempre vigilantes para não perdemos uma oportunidade
da presença do Senhor em nossas vidas. Pois se queremos ser um adepto digno de
ser chamado um trabalhador da última hora[4],
devemos estar sempre preparado, pois, com certeza, o serviço virá ou o próprio
Senhor Jesus.
Que Deus nos ajude.
Domício.
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