112
TABERNÁCULOS
ETERNOS
Também vos digo: granjeai
amigos com as riquezas da injustiça, para que, quando estas vos faltarem, vos recebam
eles nos tabernáculos eternos.
Jesus (LUCAS, 16:9)
Um homem despercebido das
obrigações espirituais julgará encontrar nesta passagem um ladrão inteligente
comprando o favor de advogados venais, de modo a reintegrarse nos títulos
honrosos da convenção humana. Todavia, quando Jesus fala em amigos, referese a
irmãos sinceros e devotados, e, quando menciona as riquezas da injustiça,
inclui o passado total da criatura, com todas as lições dolorosas que o
caracterizam. Assim também, quando se reporta aos tabernáculos eternos, não os
localiza em paços celestiais.
O Mestre situou o
tabernáculo sagrado no coração do homem.
Mais que ninguém, o
Salvador identificavanos as imperfeições e, evidenciando imensa piedade ante
as deficiências que nos assinalam o espírito, proferiu as divinas palavras que
nos servem ao estudo.
Conhecendonos os desvios,
asseverou, em síntese, que devemos aproveitar os bens transitórios, ao alcance
de nossas mãos, mobilizandoos na fraternidade legítima para que, esquecendo os
crimes e ódios de outro tempo, nos façamos irmãos abnegados uns dos outros.
Valorizemos, desse modo, a
nossa permanência nos serviços da Terra, na condição de encarnados ou desencarnados,
favorecendo, por todos os recursos ao nosso dispor, a própria melhoria e a
elevação dos nossos semelhantes, agindo na direção da luz e amando sempre,
porquanto, dentro dessas normas de solidariedade sublime, poderemos contar com a
dedicação de amigos fiéis que, na qualidade de discípulos mais dedicados e
enobrecidos que nós, nos auxiliarão efetivamente, acolhendonos em seus
corações, convertidos em tabernáculos do Senhor, ajudando nos não só a obter
novas oportunidades de reajustamento e santificação, mas também endossando
perante Jesus as nossas promessas e aspirações, diante da vida superior.
NOSSA REFLEXÃO
Somos devedores do passado, dado que cometemos
as mais diversas iniquidades, apropriando-se de bens a custas das necessidades
dos outros ou se apropriando do que não era nosso, dilapidando os bens públicos
ou de terceiros, deixando-os na miséria.
Esquecendo destes feitos, mas conscientes de
que eventualmente praticamos a usura e a avareza, devemos distribuir o que, de
fato, não é nosso. Para Emmanuel, nesta página, Jesus,
Conhecendonos os desvios,
asseverou, em síntese, que devemos aproveitar os bens transitórios, ao alcance
de nossas mãos, mobilizandoos na fraternidade legítima para que, esquecendo os
crimes e ódios de outro tempo, nos façamos irmãos abnegados uns dos outros.
Desse modo, granjearemos amigos que serão
gratos a nós, mesmo, alguns, sem nos conhecer. Um bem feito significa petição de
absolvição nos céus.
Emmanuel, na mensagem anterior a esta,
intitutulada Grangeai Amigos, refletida por nós, nos adianta sobre esse tema. Na citada mensagem,
nos reportamos às Obras Básicas do Espiritimo pra compreendermos como a
Doutrina nos ilumina a respeito.
Sobre o significado de tabernáculos, na
tradição judaica, devemos entender como lugares físicos sagrados, como uma tenda
ou barraca, em que se guardavam os artefatos religiosos[1]. Segundo
Emmanuel, “o Mestre situou o tabernáculo sagrado
no coração do homem”.
Então, que possamos eleger nosso coração como um
tabernáculo eterno, em prol de nós mesmos e daqueles que estão, hoje, passando
por privações resultantes dos mesmos erros cometidos por nós, em tempos idos.
Que Deus nos ajude.
Domício.
Nenhum comentário:
Postar um comentário