domingo, 4 de junho de 2023

TABERNÁCULOS ETERNOS

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TABERNÁCULOS ETERNOS

Também vos digo: granjeai amigos com as riquezas da injustiça, para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.

Jesus (LUCAS, 16:9)

Um homem despercebido das obrigações espirituais julgará encontrar nesta passagem um ladrão inteligente comprando o favor de advogados venais, de modo a reintegrar­se nos títulos honrosos da convenção humana. Todavia, quando Jesus fala em amigos, refere­se a irmãos sinceros e devotados, e, quando menciona as riquezas da injustiça, inclui o passado total da criatura, com todas as lições dolorosas que o caracterizam. Assim também, quando se reporta aos tabernáculos eternos, não os localiza em paços celestiais.

O Mestre situou o tabernáculo sagrado no coração do homem.

Mais que ninguém, o Salvador identificava­nos as imperfeições e, evidenciando imensa piedade ante as deficiências que nos assinalam o espírito, proferiu as divinas palavras que nos servem ao estudo.

Conhecendo­nos os desvios, asseverou, em síntese, que devemos aproveitar os bens transitórios, ao alcance de nossas mãos, mobilizando­os na fraternidade legítima para que, esquecendo os crimes e ódios de outro tempo, nos façamos irmãos abnegados uns dos outros.

Valorizemos, desse modo, a nossa permanência nos serviços da Terra, na condição de encarnados ou desencarnados, favorecendo, por todos os recursos ao nosso dispor, a própria melhoria e a elevação dos nossos semelhantes, agindo na direção da luz e amando sempre, porquanto, dentro dessas normas de solidariedade sublime, poderemos contar com a dedicação de amigos fiéis que, na qualidade de discípulos mais dedicados e enobrecidos que nós, nos auxiliarão efetivamente, acolhendo­nos em seus corações, convertidos em tabernáculos do Senhor, ajudando­ nos não só a obter novas oportunidades de reajustamento e santificação, mas também endossando perante Jesus as nossas promessas e aspirações, diante da vida superior.

NOSSA REFLEXÃO

Somos devedores do passado, dado que cometemos as mais diversas iniquidades, apropriando-se de bens a custas das necessidades dos outros ou se apropriando do que não era nosso, dilapidando os bens públicos ou de terceiros, deixando-os na miséria.

Esquecendo destes feitos, mas conscientes de que eventualmente praticamos a usura e a avareza, devemos distribuir o que, de fato, não é nosso. Para Emmanuel, nesta página, Jesus,

Conhecendo­nos os desvios, asseverou, em síntese, que devemos aproveitar os bens transitórios, ao alcance de nossas mãos, mobilizando­os na fraternidade legítima para que, esquecendo os crimes e ódios de outro tempo, nos façamos irmãos abnegados uns dos outros.

 

Desse modo, granjearemos amigos que serão gratos a nós, mesmo, alguns, sem nos conhecer. Um bem feito significa petição de absolvição nos céus.

Emmanuel, na mensagem anterior a esta, intitutulada Grangeai Amigos, refletida por nós, nos adianta sobre esse tema. Na citada mensagem, nos reportamos às Obras Básicas do Espiritimo pra compreendermos como a Doutrina nos ilumina a respeito.

Sobre o significado de tabernáculos, na tradição judaica, devemos entender como lugares físicos sagrados, como uma tenda ou barraca, em que se guardavam os artefatos religiosos[1]. Segundo Emmanuel, “o Mestre situou o tabernáculo sagrado no coração do homem”.

Então, que possamos eleger nosso coração como um tabernáculo eterno, em prol de nós mesmos e daqueles que estão, hoje, passando por privações resultantes dos mesmos erros cometidos por nós, em tempos idos.

Que Deus nos ajude.

Domício.

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