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MAGNETISMO PESSOAL
E toda a multidão procurava tocar-lhe, porque saía dele
uma virtude que os curava a todos.
Lucas (6:19).
Na atualidade, observamos toda uma plêiade de espiritualistas eminentes,
espalhando conceitos relativos ao magnetismo pessoal, com tamanha estranheza,
qual se estivéssemos perante verdadeira novidade do século XIX.
Tal serviço de investigação e divulgação dos poderes ocultos do homem
representa valioso concurso na obra educativa do presente e do futuro, no
entanto, é preciso lembrar que a edificação não é nova.
Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação individualizada do
magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas
disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos,
tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura.
Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia
o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a
companhia.
Se pretendes, pois, um caminho mais fácil para a eclosão plena de tuas
potencialidades psíquicas, é razoável aproveites a experiência que os
orientadores terrestres te oferecem, nesse sentido, mas não te esqueças dos
exemplos e das vivas demonstrações de Jesus.
Se intentas atrair, é imprescindível saber amar. Se desejas influência
legítima na Terra, santifica-te pela influência do Céu.
NOSSA REFLEXÃO
Emmanuel nos faz refletir o quão é importante lembrar da passagem do Cristo
pelo planeta, quando exalava amor, energias curativas que atraíam para Ele as
pessoas que sofriam.
A sintonia que se estabelecia nas pessoas, a confiança que Ele depositava
nas almas delas produzia uma fé no seu poder de mudar as coisas em prol da
coletividade. Temos vários exemplos nos Evangelhos que retratam isso.
Especialmente, destaco uma passagem que apresenta a cura de uma mulher que
tinha problema com seu fluxo de sangue (LUCAS, 8:43 a 48) [1].
É importante destacar os versículos 45 a 48, em que narrra que o simples
fato dela tocar a veste de Jesus, o sangue estancou. Foi quando Jesus disse: “8:45
Disse Jesus: Quem tocou em mim? Negando todos, disse Pedro: Comandante, as
turbas te comprimem e espremem. 8:46 Disse Jesus: Alguém me tocou, pois eu
percebi um poder (que) saiu de mim. [...] 8:48 Disse a ela: Filha, a tua fé
te salvou. Vai em paz!” (grifos nossos).
Então, o magnetismo pessoal do Cristo era muito elevado. Como diz Emmanuel,
nesta mensagem: “Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação
individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina”.
Resta refletir sobre a obtenção do dom da cura e as condições pra que isso
se desenvolva, tendo em vista seu benefício tanto pra quem é favorecido pela
cura, como pra quem é o médium de cura.
Emmanuel deixa claro que a sintonia com o plano espiritual superior é
imprescindível para que essa ação se dê com eficácia:
Se pretendes, pois, um caminho mais fácil para a eclosão plena de tuas potencialidades psíquicas, é razoável aproveites a experiência que os orientadores terrestres te oferecem, nesse sentido, mas não te esqueças dos exemplos e das vivas demonstrações de Jesus. Se intentas atrair, é imprescindível saber amar. Se desejas influência legítima na Terra, santificate pela influência do Céu.
Por sua vez, Allan Kardec é taxativo quando ao uso da mediunidade de cura.
Pois, o Cristo foi bem claro quanto à gratuidade de seu uso: “Restituí
a saúde aos doentes, ressuscitai os mortos, curai os leprosos, expulsai os
demônios. Dai gratuitamente o que gratuitamente haveis recebido” (MATEUS, 10:8).
Conforme o Codificador:
A mediunidade é coisa santa, que deve ser praticada santamente, religiosamente. Se há um gênero de mediunidade que requeira essa condição de modo ainda mais absoluto é a mediunidade curadora. O médico dá o fruto de seus estudos, feitos, muita vez, à custa de sacrifícios penosos. O magnetizador dá o seu próprio fluido, por vezes até a sua saúde. Podem pôr-lhes preço. O médium curador transmite o fluido salutar dos bons Espíritos; não tem o direito de vendê-lo. Jesus e os apóstolos, ainda que pobres, nada cobravam pelas curas que operavam.[2]
Então, devemos ter em mente que todos e todas têm um magnetismo pessoal que
deve usar, desinteressadamente, em favor de quem está precisando. Nos Centros
Espíritas, qualquer pessoa com estudo certificado pelos dirigentes, pode e deve
aplicar passes magnéticos em quem procura a Casa Espírita pra aliviar suas
dores.
Que possamos ser altruístas quanto ao nosso potencial de cura, pois de
outro modo, seremos cobrados por uma conduta anti-cristã.
Que nos ajude.
Domício.
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