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AS TESTEMUNHAS
Portanto,
nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas,
deixemos todo o embaraço.
Paulo (HEBREUS,
12:1).
Este conceito de Paulo de Tarso
merece considerações especiais, por parte dos aprendizes do Evangelho.
Cada existência humana é sempre
valioso dia de luta – generoso degrau para a ascensão infinita – e, em qualquer
posição que permaneça, a criatura estará cercada por enorme legião de testemunhas.
Não nos reportamos tão somente àquelas que constituem parte integrante do
quadro doméstico, mas, acima de tudo, aos amigos e benfeitores de cada homem,
que o observam nos diferentes ângulos da vida, dos altiplanos da Espiritualidade
superior.
Em toda parte da Terra, o discípulo
respira rodeado de grande nuvem de testemunhas espirituais, que lhe relacionam os
passos e anotam as atitudes, porque ninguém alcança a experiência terrestre, a
esmo, sem razões sólidas com bases no amor ou na justiça.
Antes da reencarnação, Espíritos
generosos endossaram as súplicas da alma arrependida, juízes funcionaram nos
processos que lhe dizem respeito, amigos interferiram nos serviços de auxílio,
contribuindo na organização de particularidades da luta redentora... Esses
irmãos e educadores passam a ser testemunhas permanentes do tutelado, enquanto
perdura a nova tarefa e lhe falam sem palavras, nos refolhos da consciência.
Filhos e pais, esposos e esposas, irmãos e parentes consanguíneos do mundo são
protagonistas do drama evolutivo. Os observadores, em geral, permanecem no
outro lado da vida.
Faze, pois, o bem possível aos teus associados de luta,
no dia de hoje, e não te esqueças dos que te acompanham, em espírito, cheios de
preocupação e amor.
NOSSA REFLEXÃO
Somos
observados e acompanhados por diversos tipos de nuvens de testemunhas. Dentre
elas temos aquelas mais próximas que convivem conosco, cotidiamente, em casa
(são constituintes da família); outras são aquelas da equipe de trabalho; temos
ainda aquelas que nos observam na comunidade da qual fazemos parte (seja no
trabalho ou na sociedade); mas há aquelas que não vemos e dentre elas as que
nos querem bem e torcem pelo nosso sucesso e/ou prepararam a nossa reencarnação
e outras, o contrário.[1]
Emmanuel
se detém nessas últimas, mas em particular nas testemunhas que torcem por nós,
lideradas pelo nosso Anjo da Guarda.[2]
Devemos
lembrar nas horas de alegrias e de dificuldades destas nuvens, pois são
estimulantes, tanto pra reforçar um bem feito ou noutro por fazer. Em
particular, nas horas de dificuldades, essas testemunhas certamente emitem
pensamentos de que não estamos sozinhos e tanto quanto nós, têm muitos outros
ou outras que estão passando por necessidades bem mais difíceis, que se
pensarmos, podemos chegar à conclusão que estamos em condições de ajudar a elas
a passar pelos momentos que vivem e, assim, nossas necessidades se tornam
pequenas. E é isso, como Emmanuel nos lembra, que desejam as nuvens que nos “[...]
acompanham, em espírito, cheios de
preocupação e amor.”
Que Deus nos ajude a nos manter com a
fé Nele e em nós mesmos para passarmos pelas nossas dificuldades sem esquecer
das dos nossos semelhantes.[3]
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