domingo, 26 de junho de 2022

TENHAMOS PAZ

 65
TENHAMOS PAZ

Tende paz entre vós.

Paulo (I TESSALONICENSES, 5:13).

Se não é possível respirar num clima de paz perfeita, entre as criaturas, em face da ignorância e da belicosidade que predominam na estrada humana, é razoável procure o aprendiz a serenidade interior, diante dos conflitos que buscam envolvê-lo a cada instante.

Cada mente encarnada constitui extenso núcleo de governo espiritual, subordinado agora a justas limitações, servido por várias potências, traduzidas nos sentidos e percepções.

Quando todos os centros individuais de poder estiverem dominados em si mesmos, com ampla movimentação no rumo do legítimo bem, então a guerra será banida do Planeta.

Para isso, porém, é necessário que os irmãos em humanidade, mais velhos na experiência e no conhecimento, aprendam a ter paz consigo.

Educar a visão, a audição, o gosto e os ímpetos representa base primordial do pacifismo edificante.

Geralmente, ouvimos, vemos e sentimos, conforme nossas inclinações  e não segundo a realidade essencial. Registramos certas informações longe da boa intenção em que foram inicialmente vazadas e, sim, de acordo com as nossas perturbações internas. Anotamos situações e paisagens com a luz ou com a treva que nos absorvem a inteligência. Sentimos com a reflexão ou com o caos que instalamos no próprio entendimento.

Eis por que, quanto nos seja possível, façamos serenidade em torno de nossos passos, ante os conflitos da esfera em que nos achamos.

Sem calma, é impossível observar e trabalhar para o bem.

Sem paz, dentro de nós, jamais alcançaremos os círculos da paz verdadeira.

NOSSA REFLEXÃO

Emmanuel, nos faz refletir como podemos e devemos agir numa situação de conflito, familiar ou na sociedade. Em debate caloroso, geralmente, apesar de todo nosso esforço para seguirmos o Modelo ensinado na prática por Jesus, nós nos deixamos dominar pelo homem velho que ainda se encontra em nós. Assim, acabamos magoando as pessoas, especialmente aquelas a quem a gente quer bem.

Nessa, mensagem, ora refletida, Emmanuel, nos mostra como pode se dá o nosso estado de alma em situação de conflito ou debate:

Geralmente, ouvimos, vemos e sentimos, conforme nossas inclinações  e não segundo a realidade essencial. Registramos certas informações longe da boa intenção em que foram inicialmente vazadas e, sim, de acordo com as nossas perturbações internas. Anotamos situações e paisagens com a luz ou com a treva que nos absorvem a inteligência. Sentimos com a reflexão ou com o caos que instalamos no próprio entendimento.

 

Em Taça de Luz (35-Fermento Verbal)[1], ele nos ensina a sermos caridosos nos conflitos: “Aprendamos a sentir com amor, afim de que venhamos a pensar com justiça e a falar para o bem (grifos nossos).”

Desse modo, seremos caridosos como ensinou Jesus.

Ademais, devemos lembrar a bem-aventurança Bem-aventurados aqueles que são mansos e pacíficos (Mateus, 5: 4 e 9). A. Kardec, disserta que

Por estas máximas, Jesus faz da brandura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência, uma lei. Condena, por conseguinte, a violência, a cólera e até toda expressão descortês de que alguém possa usar para com seus semelhantes.[2]

 

Que Deus nos ajude a ter calma, paz interior, em toda hora.

Domício.



[1] Chico Xavier (Emmanuel). Ceifas de Luz. São Paulo: Ed. Lake, sd.
[2]
Vide O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. IX, item 4.

Nenhum comentário:

Postar um comentário