55
COISAS
INVISÍVEIS
Porque as suas coisas
invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade
se estendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas.
Paulo
(ROMANOS, 1:20).
O espetáculo da Criação universal é a
mais forte de todas as manifestações contra o materialismo negativista, filho
da ignorância ou da insensatez.
São as coisas criadas que falam mais
justamente da natureza invisível.
Onde a atividade que se desdobre sem
base?
Toda forma inteligente nasceu de uma
disposição inteligente.
O homem conhece apenas as causas de
suas realizações transitórias, ignorando, contudo, os motivos complexos de cada
ângulo do caminho. A paisagem exterior que lhe afeta o sensório é uma parte
minúscula do acervo de criações divinas, que lhe sustentam o habitat,
condicionado às suas possibilidades de aproveitamento. O olho humano não verá
além do limite da sua capacidade de suportação. A criatura conviverá com os
seres de que necessita no trabalho de elevação e receberá ambiente adequado aos
seus imperativos de aperfeiçoamento e progresso, mas que ninguém resuma a
expressão vital da esfera em que respira no que os dedos mortais são
suscetíveis de apalpar.
Os objetos visíveis no campo de formas
efêmeras constituem breve e transitória resultante das forças invisíveis no
plano eterno.
Cumpre os deveres que te cabem e
receberás os direitos que te esperam. Faze corretamente o que te pede o dia de
hoje e não precisarás repetir a experiência amanhã.
NOSSA REFLEXÃO
Emmanuel nos lembra de nossa pequenez diante do invisível
aos nossos olhos e sabemos o quanto somos pequenos diante da grandiosidade que
alcançam e do conhecimento da perfeição como tudo na natureza se movimenta.
Há uma inteligência superior que rege tudo e fez acontecer
o que existe no universo. Respondendo a A. Kardec sobre como dar provas da
existência de Deus, os Espíritos Superiores afirmaram, sucintamente: “Num
axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a
causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”
A partir dessa resposta, A. Kardec explicou: “Para crer-se
em Deus, basta se lance o olhar sobre as obras da Criação. O Universo existe,
logo, tem uma causa. Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito tem
uma causa e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa”[1].
Devemos, assim, sermos respeitosos ao que nos afeta os sensores
de nosso corpo, mas não nos iludamos quanto a existência somente daquilo que
podemos ver ou tocar, como Emmanuel, nessa mensagem, nos ilumina: “[...] que ninguém resuma a expressão vital da esfera em
que respira no que os dedos mortais são suscetíveis de apalpar. Os objetos
visíveis no campo de formas efêmeras constituem breve e transitória resultante
das forças invisíveis no plano eterno”.
Aproveitemos bem o que nos toca pra termos o melhor resultado
possível de nossa existência, pois, para além de nossa compreensão, muito se
trabalha no plano espiritual para que tenhamos sucesso em cada uma de nossas vidas
sucessivas.
Que Deus nos ajude.
Domício.
[1] O Livro dos Espíritos, Parte Primeira, Cap. I – De Deus, questão 4.
Nenhum comentário:
Postar um comentário