domingo, 3 de abril de 2022

COISAS INVISÍVEIS

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COISAS INVISÍVEIS

Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade se estendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas.

Paulo (ROMANOS, 1:20).

O espetáculo da Criação universal é a mais forte de todas as manifestações contra o materialismo negativista, filho da ignorância ou da insensatez.

São as coisas criadas que falam mais justamente da natureza invisível.

Onde a atividade que se desdobre sem base?

Toda forma inteligente nasceu de uma disposição inteligente.

O homem conhece apenas as causas de suas realizações transitórias, ignorando, contudo, os motivos complexos de cada ângulo do caminho. A paisagem exterior que lhe afeta o sensório é uma parte minúscula do acervo de criações divinas, que lhe sustentam o habitat, condicionado às suas possibilidades de aproveitamento. O olho humano não verá além do limite da sua capacidade de suportação. A criatura conviverá com os seres de que necessita no trabalho de elevação e receberá ambiente adequado aos seus imperativos de aperfeiçoamento e progresso, mas que ninguém resuma a expressão vital da esfera em que respira no que os dedos mortais são suscetíveis de apalpar.

Os objetos visíveis no campo de formas efêmeras constituem breve e transitória resultante das forças invisíveis no plano eterno.

Cumpre os deveres que te cabem e receberás os direitos que te esperam. Faze corretamente o que te pede o dia de hoje e não precisarás repetir a experiência amanhã.

NOSSA REFLEXÃO

Emmanuel nos lembra de nossa pequenez diante do invisível aos nossos olhos e sabemos o quanto somos pequenos diante da grandiosidade que alcançam e do conhecimento da perfeição como tudo na natureza se movimenta.

Há uma inteligência superior que rege tudo e fez acontecer o que existe no universo. Respondendo a A. Kardec sobre como dar provas da existência de Deus, os Espíritos Superiores afirmaram, sucintamente: “Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”

A partir dessa resposta, A. Kardec explicou: “Para crer-se em Deus, basta se lance o olhar sobre as obras da Criação. O Universo existe, logo, tem uma causa. Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito tem uma causa e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa”[1].

Devemos, assim, sermos respeitosos ao que nos afeta os sensores de nosso corpo, mas não nos iludamos quanto a existência somente daquilo que podemos ver ou tocar, como Emmanuel, nessa mensagem, nos ilumina: “[...] que ninguém resuma a expressão vital da esfera em que respira no que os dedos mortais são suscetíveis de apalpar. Os objetos visíveis no campo de formas efêmeras constituem breve e transitória resultante das forças invisíveis no plano eterno”.

Aproveitemos bem o que nos toca pra termos o melhor resultado possível de nossa existência, pois, para além de nossa compreensão, muito se trabalha no plano espiritual para que tenhamos sucesso em cada uma de nossas vidas sucessivas.

Que Deus nos ajude.

Domício.


[1] O Livro dos Espíritos, Parte Primeira, Cap. I – De Deus, questão 4.

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