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O PROBLEMA DE AGRADAR
Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo do Cristo.
Paulo (GÁLATAS, 1:10).
Os
sinceros discípulos do Evangelho devem estar muito preocupados com os deveres
próprios e com a aprovação isolada e tranquila da consciência, nos trabalhos
que foram chamados a executar, cada dia, aprendendo a prescindir das opiniões
desarrazoadas do mundo.
A
multidão não saberá dispensar carinho e admiração senão àqueles que lhe
satisfazem as exigências e caprichos; nos conflitos que lhe assinalam a marcha,
o aprendiz fiel de Jesus será um trabalhador diferente que, em seus impulsos
instintivos, ela não poderá compreender.
Muita
inexperiência e invigilância revelará o mensageiro da Boa-Nova que manifeste
inquietude, com relação aos pareceres do mundo a seu respeito; quando se
encontre na prosperidade material, em que o Mestre lhe confere mais rigorosa
mordomia, muitos vizinhos lhe perguntarão, maliciosos, pela causa dos êxitos
sucessivos em que se envolve, e, quando penetra o campo da pobreza e da
dificuldade, o povo lhe atribui as experiências difíceis a supostas defecções
ante as sublimes idéias esposadas.
É
indispensável trabalhar para os homens, como quem sabe que a obra integral
pertence a Jesus Cristo. O mundo compreenderá o esforço do servidor sincero,
mas, em outra oportunidade, quando lho permita a ascensão evolutiva.
Em
muitas ocasiões, os pareceres populares equivalem à gritaria das assembleias
infantis, que não toleram os educadores mais altamente inspirados, nas linhas
de ordem e elevação, trabalho e aproveitamento.
Que o
sincero trabalhador do Cristo, portanto, saiba operar sem a preocupação com os
juízos errôneos das criaturas. Jesus o conhece e isto basta.
NOSSA REFLEXÃO
Nesta mensagem, Emmanuel nos orienta a
não valorizar a apreciação boa ou má de quem assiste as nossas manifestações, enquanto
cristão, enquanto espíritas.
Esta virtude de centrar a atenção em
uma apreciação de Jesus, sobre o que faz e pensa, é importante, pois como Emmanuel
nos lembra: “Jesus
[nos] conhece e isto basta”.
O Espírito François, Nicolas,
Madeleine, Cardeal de Morlot, em uma de suas contribuições à codificação da Doutrina
Espírita, na obra O Evangelho Segundo o Espiritismo, nos traz, na mensagem intitulada “A
virtude”, considerações que corroboram com que Emmanuel nos orienta. De outro
modo, ele nos faz refletir:
[...] Não imiteis o homem que
se apresenta como modelo e trombeteia, ele próprio, suas qualidades a todos os
ouvidos complacentes. A virtude que assim se ostenta esconde muitas vezes uma
imensidade de pequenas torpezas e de odiosas covardias.
Em princípio, o homem que se exalça, que ergue
uma estátua à sua própria virtude, anula, por esse simples fato, todo mérito
real que possa ter. Entretanto, que direi daquele cujo único valor consiste em
parecer o que não é? Admito de boa mente que o homem que pratica o bem
experimenta uma satisfação íntima em seu coração; mas, desde que tal satisfação
se exteriorize, para colher elogios, degenera em amor-próprio [...][1].
Portanto, que trabalhemos sem a preocupação
de agradar ninguém, a não ser a quem conta conosco para difundir a sua Boa-Nova,
que deve ser refletida em nossas ações.
Que Deus nos ajude.
Domício.
Boa noite, professor Domício!
ResponderExcluirSigo acompanhando, silenciosamente, suas mensagens e reflexões, para mim sempre tão valiosas. Obrigado!
Receba meu abraço fraternal.
Saúde e Paz.
Marcelo (Brasília-DF)
Olá, Marcelo!! Andastes, sumido!!
ExcluirPrazer, revê-lo, mesmo que virtualmente.
Grato por comentar e dar notícias.
Fique à vontade para comentar, pois, assim, aprendo contigo.
Muita paz, saúde e alegrias em 2022!!
Abraços fraternos!!