domingo, 15 de agosto de 2021

NAS ESTRADAS

 25
NAS ESTRADAS

E os que estão junto do caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; mas, tendo-a eles ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra que neles foi semeada.

Jesus (MARCOS, 4:15).

Jesus é o nosso caminho permanente para o divino Amor.

Junto dele seguem, esperançosos, todos os espíritos de boa-vontade, aderentes sinceros ao roteiro santificador.

Dessa via bendita e eterna procedem as sementes da Luz celestial para os homens comuns.

Faz-se imprescindível muita observação das criaturas, para que o tesouro não lhes passe despercebido.

A semente santificante virá sempre, entre as mais variadas circunstâncias.

Qual ocorre ao vento generoso que espalha, entre as plantas, os princípios de vida, espontaneamente, a bondade invisível distribui com todos os corações a oportunidade de acesso à senda do amor.

Quase sempre a centelha divina aparece nos acontecimentos vulgares de cada dia, num livro, numa particularidade insignificante do trabalho, na prestimosa observação de um amigo.

Se o terreno de teu coração vive ocupado por ervas daninhas e se já recebeste o princípio celeste, cultiva-o, com devotamento, abrigando-o nas leiras de tua alma. O verbo humano pode falhar, mas a Palavra do Senhor é imperecível. Aceita-a e cumpre-a, porque, se te furtas ao imperativo da vida eterna, cedo ou tarde o anjo da angústia te visitará o espírito, indicando-te novos rumos.

NOSSA REFLEXÃO

Como nos traz a Parábola do Semeador (MATEUS, 13:1 a 9 e 18 a 23), somos terrenos que, conforme nossa capacidade de reter a semente do Amor, bons frutos darão.

No contexto do Espiritismo, A. Kardec nos traz uma analogia da semeadura, referindo-se a três tipos de pessoas que recebem o Espiritismo: aquelas que não dão nenhuma importância, outras que se prendem tão somente aos fenômenos e acham muito bonita a Doutrina, mas que não tentam aplicá-la às suas vidas e, por fim aquelas categorizadas como “bons espíritas” “[...] para os quais essas instruções são como a semente que cai em terra boa e dá frutos [...].”[1]

Emmanuel nos chama à atenção, nesta mensagem, que ora refletimos, sobre uma diversidade de modos de como Jesus e seus discípulos (Anjo da Guarda, Espíritos protetores, escritores, palestrantes, etc.) semeiam em nós a semente de sua Boa Nova: “Quase sempre a centelha divina aparece nos acontecimentos vulgares de cada dia, num livro, numa particularidade insignificante do trabalho, na prestimosa observação de um amigo”.

Devemos, assim, estar atentos ou abertos às singularidades de cada momento que vivemos para retermos o melhor que for possível, visando aproveitarmos e sermos aproveitados, tanto na condição de semeados como na de semeadores da Doutrina Cristã.

Que Deus nos ajude.

Domício.



[1] Vide O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap.17, itens 4 à 6.

Nenhum comentário:

Postar um comentário