Olá, caríssimos (as) leitores(as)!!
Hoje, por motivo de trabalho acadêmico não poderei fazer a nossa reflexão domingueira respeitando o horário de sempre.
Então, adiamos para o próximo domingo.
Muita paz, saúde e alegrias!!
Domício.
Olá, caríssimos (as) leitores(as)!!
Hoje, por motivo de trabalho acadêmico não poderei fazer a nossa reflexão domingueira respeitando o horário de sempre.
Então, adiamos para o próximo domingo.
Muita paz, saúde e alegrias!!
Domício.
Que tenho eu contigo,
Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-te que não me atormentes.
Lucas (8:28).
O caso do Espírito perturbado que sentiu a aproximação
de Jesus, recebendo-lhe a presença com furiosas indagações, apresenta muitos
aspectos dignos de estudo.
A circunstância de suplicar ao divino Mestre que não
o atormentasse requer muita atenção por
parte dos discípulos sinceros.
Quem poderá supor o Cristo capaz de infligir tormentos
a quem quer que seja? E, no caso, trata-se de uma entidade ignorante e perversa
que, nos íntimos desvarios, muito já padecia por si mesma. A vizinhança do
Mestre, contudo, trazia-lhe claridade suficiente para contemplar o martírio da
própria consciência, atolada num pântano de crimes e defecções tenebrosas. A
luz castigava-lhe as trevas interiores e revelava-lhe a nudez dolorosa e digna
de comiseração.
O quadro é muito significativo para quantos fogem das
verdades religiosas da vida, categorizando-lhe o conteúdo à conta de amargo
elixir de angústia e sofrimento. Esses espíritos indiferentes e gozadores
costumam afirmar que os serviços da fé alagam o caminho de lágrimas, enevoando
o coração.
Tais afirmativas, no entanto, denunciam-nos. Em maior
ou menor escala, são companheiros do irmão infeliz que acusava Jesus por
ministro de tormentos.
NOSSA
REFLEXÃO
A passagem evangélica servida de inspiração de
Emmanuel apresenta um irmão obsidiado por vários outros Espíritos. É importante
frisar que a obsessão é um processo de sintonia, por isto Emmanuel diz, ao
encerrar esta mensagem: “Em maior ou menor escala, são companheiros do irmão
infeliz que acusava Jesus por ministro de tormentos”.[1]
Ninguém que esteja sofrendo um processo como este pode
exirmir-se de culpa, pois é a culpa que trazemos em nós que nos vincula a
muitos relacionados ao processo em que fomos protagonistas.
Independente disto, sabemos que somos mais
influenciados do que imaginamos.[2]
Daí o recado de Emmanuel para que tenhamos cuidado com a influenciação e
sintonia com Espíritos sofredores que pululam em nosso derredor.
Este conhecimento que nós, espíritas, temos, nos
diferencia em relação aos outros cristãos de credos distintos e nos chama à reforma
íntima, particularmente em relação aos nossos pensamentos.
Na mensagem de Emmanuel, intitulada “Além dos outros”, do livro Fonte Viva, temos uma chamada à razão sobre o que
fazemos além dos outros no quesito da caridade para concosco e para com os semelhantes.
Tenhamos o cuidado de não darmos espaços para que o que
aconteceu com o endaimoniado (ou endemoniado) da região dos Gerasenos.
Que Deus nos ajude.
Domício.
E o fogo provará qual seja a obra de cada um.
Paulo (I CORÍNTIOS, 3:13).
A indústria mecanizada dos tempos modernos muito se
refere às provas de fogo para positivar a resistência de suas obras e,
ponderando o feito, recordemos que o Evangelho, igualmente, se reporta a essas
provas, há quase vinte séculos, com respeito às aquisições espirituais.
Escrevendo aos Coríntios, Paulo imagina os obreiros
humanos construindo sobre o único fundamento, que é Jesus Cristo, organizando
cada qual as próprias realizações, de conformidade com os recursos evolutivos.
Cada discípulo, entretanto, deve edificar o trabalho
que lhe é peculiar, convicto de que os tempos de luta o descobrirão aos olhos
de todos, para que se efetue reto juízo acerca de sua qualidade.
O aperfeiçoamento do mundo, na feição material, pode
fornecer a imagem do que seja a importância dessas aferições de grande vulto. A
Terra permanece cheia de fortunas, posições, valores e inteligências que não
suportam as provas de fogo; mal se aproximam os movimentos purificadores,
descem, precipitadamente, os degraus da miséria, da ruína, da decadência. No
serviço do Cristo, também é justo que o aprendiz aguarde o momento de
verificação das próprias possibilidades. O caráter, o amor, a fé, a paciência,
a esperança representam conquistas para a vida eterna, realizadas pela
criatura, com o auxilio santo do Mestre, mas todos os discípulos devem contar
com as experiências necessárias que, no instante oportuno, lhe provarão as
qualidades espirituais.
NOSSA
REFLEXÃO
Todos nós, Espíritos, temos um programa único estabelecido
por Deus ao nos criar: conquistarmos a felicidade ou nos tornamos Espíritos
puros. Para isto, temos que passar por provas que significam agir segundo a Lei
de Deus. Este caminho é um individual, pois todos somos dotados de livre arbítrio,
o que nos garante a evolução por mérito moral.[1]
À medida que evoluímos, as provas vão se tornando mais
ampliadas e escolhidas por nós, no sentido de conquistarmos, cada vez mais, a
pureza espiritual.[2]
Isto, em outras palavras, significa o que Paulo apresentou
para os Coríntios como o meio para a conquista da perfeição espiritual: o fogo
que temos passar, individualmente ou coletivamente. Emmanuel traduziu o
pensamento de Paulo em provas de fogo.
Faz-se necessário, aqui, fazermos uma distinção entre provas
e expiações, pois vivemos num mundo de provas e expiações.[3]
Há os que sofrem porque expiam faltas cometidas em vidas passadas e há aqueles
que precisam se elevar e pedem uma prova (que seria uma prova de fogo) para adquirirem
uma progressão espiritual.[4]
Neste processo evolutivo, devemos, então, ter cuidado
com o rumo de nossos pensamentos e atos ao longo da vida, pois além de sermos
influenciadores, nos deixamos influenciar: pelas tentações próprias de nossa personalidade,
as quais nos comprometemos, ao encarnar, superarmos na atual existência, como
prova; e pelas mentes contrárias ao nosso progresso espiritual. Se não formos
firmes quanto ao que conhecemos ou passamos a conhecer com o estudo do
Espiritismo, podemos cair e sermos reprovados...[5]
Que possamos passar por todas as provas de fogo que
pedimos para passar e que são necessárias para a nossa evolução.
Que Deus, nossos Anjos da Guarda e Espíritos amigos
nos ajudem.
Domicio.
[1]Sobre a evolução dos Espíritos, vejamos
a questão de nº 115 de O Livro dos Espíritos: Dos Espíritos, uns terão sido criados bons e outros
maus? “Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber.
A cada um deu determinada missão, com o fim de esclarecê-los e de os fazer
chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade, para
aproximá-los de si. Nesta perfeição é que eles encontram a pura e eterna
felicidade. Passando pelas provas que Deus lhes impõe é que os Espíritos
adquirem aquele conhecimento. Uns aceitam submissos essas provas e chegam mais
depressa à meta que lhes foi destinada. Outros só a suportam lamentando e, pela
falta em que desse modo incorrem, permanecem afastados da perfeição e da
prometida felicidade.”
[2] Neste sentido, podemos compreender
melhor, isto, acessando à questão de nº 196 de O Livro dos Espíritos: Não podendo os Espíritos aperfeiçoar-se, a não ser
por meio das tribulações da existência corpórea, segue-se que a vida material
seja uma espécie de crisol ou de depurador, por onde têm que passar todos os
seres do mundo espírita para alcançarem a perfeição? “Sim, é exatamente
isso. Eles se melhoram nessas provas, evitando o mal e praticando o bem; porém,
somente ao cabo de mais ou menos longo tempo, conforme os esforços que
empreguem; somente após muitas encarnações ou depurações sucessivas, atingem a
finalidade para que tendem.”
[3] Vide em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. III, itens 13 a 15, sobre isto.
[4] Temos em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. V, Item 9. “Não há crer, no entanto,
que todo sofrimento suportado neste mundo denote a existência de uma
determinada falta. Muitas vezes são simples provas buscadas pelo Espírito para
concluir a sua depuração e ativar o seu progresso. Assim, a expiação serve
sempre de prova, mas nem sempre a prova é uma expiação. Provas e expiações,
todavia, são sempre sinais de relativa inferioridade, porquanto o que é
perfeito não precisa ser provado. Pode, pois, um Espírito haver chegado a certo
grau de elevação e, nada obstante, desejoso de adiantar-se mais, solicitar uma
missão, uma tarefa a executar, pela qual tanto mais recompensado será, se sair
vitorioso, quanto mais rude haja sido a luta.” (Grifos nossos).
[5] Convido aos leitores e leitoras a acessarem a
mensagem de Emmanuel, em Fonte Viva, intitulada Fermento Espiritual e refletida por nós.