domingo, 8 de dezembro de 2024
CRÊ E SEGUE
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CRÊ E SEGUE
Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os
enviei ao mundo.
Jesus (JOÃO, 17:18).
Se abraçaste, meu amigo, a tarefa espiritista cristã,
em nome da fé sublimada, sedento de vida superior, recorda que o Mestre te
enviou o coração renovado ao vasto campo do mundo para servi-lo.
Não só ensinarás o bom caminho. Agirás de
acordo com os princípios elevados que apregoas.
Ditarás diretrizes nobres para os outros,
contudo, marcharás dentro delas, por tua vez.
Proclamarás a necessidade de bom ânimo, mas
seguindo, estrada afora, semeando alegrias e bênçãos, ainda mesmo quando
incompreendido de todos.
Não te contentarás em distribuir moedas e
benefícios imediato. Darás sempre algo de ti mesmo ao que necessita.
Não somente perdoarás. Compreenderás o ofensor,
auxiliando-o a reerguer-se.
Não criticarás. Encontrarás recursos
inesperados de ser útil.
Não deblaterarás. Valer-te-ás do tempo para
materializar os bons pensamentos que te dirigem.
Não disputarás inutilmente. Encontrarás o
caminho do serviço aos semelhantes em qualquer parte.
Não viverás simplesmente no combate palavroso
contra o mal. Reterás o bem, semeando-o com todos.
Não condenarás. Descobrirás a luz do amor para
fazê-la brilhar em teu coração, até o sacrifício.
Ora e vigia.
Ama e espera.
Serve e renuncia.
Se não te dispões a
aproveitar a lição do Mestre divino, afeiçoando a própria vida aos seus
ensinamentos, a tua fé terá sido vã.
NOSSA
REFLEXÃO
O caput dessa mensagem de Emmanuel, é um
recorte da oração que o Cristo fez, antes de ser entregue aos soldados romanos.
Ele já esperava que isso ia acontecer e faz uma despedida. Considera que formou
seus discípulos para a tarefa que deveriam cumprir dali em diante. O que
recebeu do Pai, transferiu aos discípulos, de modo que pudessem compreender, o
mínimo, e confiou.
Emmanuel faz um check-list do que um
proponente precisa cumprir para ser um servidor do Cristo em nossa querida
Terra. Então, faz um convite a todos e todas nós que sigamos o Cristo, tendo fé
nEle, como Ele teve em Deus.
É importante ressaltar o
que Emmanuel nos coloca para bem compreendermos o nosso papel na seara cristã:
“Não
só ensinarás o bom caminho. Agirás de acordo com os princípios elevados que
apregoas. Ditarás diretrizes nobres para os outros, contudo, marcharás dentro
delas, por tua vez”.
Nosso irmão maior,
retornou, como prometeu, 1857[1]
anos depois, trazendo para nós o Espiritismo e em mensagem, assinando como O
Espírito de Verdade, nos estimulou:
Obreiros,
traçai o vosso sulco; recomeçai no dia seguinte o afanoso labor da véspera; o
trabalho das vossas mãos vos fornece aos corpos o pão terrestre; vossas almas,
porém, não estão esquecidas; e Eu, o Jardineiro divino, as cultivo no silêncio
dos vossos pensamentos. [...] Em verdade vos digo: os que carregam seus fardos
e assistem os seus irmãos são bem-amados meus. Instruí-vos na preciosa doutrina
que dissipa o erro das revoltas e vos mostra o sublime objetivo da provação humana.
[...] Estou convosco e meu apóstolo vos instrui. Bebei na fonte viva do
amor e preparai-vos, cativos da vida, a lançar-vos um dia, livres e alegres, no
seio daquele que vos criou fracos para vos tornar perfectíveis e que quer
modeleis vós mesmos a vossa maleável argila, a fim de serdes os artífices da
vossa imortalidade.[2]
Ele dá aos cristãos o
estímulo de que sempre estará conosco, como afirmou em sua oração, da qual foi
extraída o caput dessa mensagem:
Eu [estou] neles e tu [estás] em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como amaste a mim. Pai, quero que onde eu estou, lá estejam comigo os que me deste, para que contemplem a minha glória, a que me deste antes da fundação do mundo (17: 23-24).[3]
Então, que saibamos que podemos ser aproveitado pelo Cristo, quando assim ele achar que podemos, num contato com um irmão mais necessitado que nós.
Que saibamos agir como pensamos sobre o Espiritismo, a doutrina do Cristo rediviva e ampliada como o Cristo prometeu, pois em sua época não podia nos dizer tudo (JOÃO, 14:15 a 17 e 26)[4].
Que Deus nos ajude.
Domício.
[1] 18/04/1857 – data do lançamento de O
Livro dos Espíritos, obra que apresentou a Doutrina Espírita, codificada por
Allan Kardec.
[2] Vide mensagem na íntegra em O Evangelho Segundo Espiritismo, Cap. VI (O Cristo Consolador), Item 6
(Instruções dos Espíritos-Advento do Espírito de Verdade)
[3] Dias, Haroldo Dutra (Trad.) O Novo Testamento. 1. ed. 2. imp. Brasília: FEB, 2013.
[4] Vide interpretação kardequiana e
instruções dos Espíritos em O Evangelho Segundo Espiritismo, Cap. VI.
[1] 18/04/1857 – data do lançamento de O
Livro dos Espíritos, obra que apresentou a Doutrina Espírita, codificada por
Allan Kardec.
[2] Vide mensagem na íntegra em O Evangelho Segundo Espiritismo, Cap. VI (O Cristo Consolador), Item 6
(Instruções dos Espíritos-Advento do Espírito de Verdade)
[3] Dias, Haroldo Dutra (Trad.) O Novo Testamento. 1. ed. 2. imp. Brasília: FEB, 2013.
[4] Vide interpretação kardequiana e
instruções dos Espíritos em O Evangelho Segundo Espiritismo, Cap. VI.
domingo, 1 de dezembro de 2024
ENTENDAMOS SERVINDO
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ENTENDAMOS SERVINDO
Porque também nós éramos, noutro tempo, insensatos.
Paulo (TITO, 3:3).
O martelo, realmente, colabora nos primores da estatuária, mas não pode golpear a pedra, indiscriminadamente.
O remédio amargo estabelece a cura do corpo enfermo, no entanto, reclama ciência na dosagem.
Nem mais, nem menos.
Na sementeira da verdade, igualmente, é indispensável não nos desfaçamos em movimento impensado.
Na Terra, não respiramos num domicílio de anjos. Somos milhões de criaturas, no labirinto de débitos clamorosos do passado, suspirando pela desejada equação.
Quem ensina com sinceridade, naturalmente aprendeu as lições, atravessando obstáculos duros.
Claro que a tolerância excessiva resulta em ausência de defesa justa, entretanto, é inegável que para educarmos a outrem, necessitamos de imenso cabedal de paciência e entendimento.
Paulo, incisivo e enérgico, não desconhecia semelhante realidade.
Escrevendo a Tito, lembra as próprias incompreensões de outra época para justificar a serenidade que nos deve caracterizar a ação, a serviço do Evangelho redentor.
Jamais atingiremos nossos objetivos, torturando chagas, indicando cicatrizes, comentando defeitos ou atirando espinhos à face alheia.
Compreensão e respeito devem preceder-nos a tarefa em qualquer parte.
Recordemos nós mesmos, na passagem pelos círculos mais baixos, e estendamos braços fraternos aos irmãos que se debatem nas sombras.
Se te encontras interessado no serviço do Cristo, lembra-te de que Ele não funcionou em promotoria de acusação e, sim, na tribuna do sacrifício até à cruz, na condição de advogado do mundo inteiro.
NOSSA REFLEXÃO