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ESPIRITISMO NA FÉ
E estes sinais seguirão aos que crerem; em meu nome
expulsarão os demônios; falarão novas línguas.
Jesus
(MARCOS, 16:17).
Permanecem
as manifestações da vida espiritual em todos os fundamentos da Revelação divina,
nos mais variados círculos da fé.
Espiritismo
em si, portanto, deixa de ser novidade, dos tempos que correm, para figurar na
raiz de todas as escolas religiosas.
Moisés
estabelece contacto com o plano espiritual no Sinai.
Jesus
é visto pelos discípulos, no Tabor, ladeado por mortos ilustres.
O
colégio apostólico relaciona-se com o Espírito do Mestre, após a morte dele, e
consolida no mundo o Cristianismo redentor.
Os
mártires dos circos abandonam a carne flagelada, contemplando visões sublimes.
Maomé
inicia a tarefa religiosa, ouvindo um mensageiro invisível.
Francisco
de Assis percebe emissários do Céu que o exortam à renovação da Igreja.
Lutero
registra a presença de seres de outro mundo.
Teresa
d’Ávila recebe a visita de amigos desencarnados e chega a inspecionar regiões
purgatoriais, através do fenômeno mediúnico do desdobramento.
Sinais
do reino dos Espíritos seguirão os que crerem, afirma o Cristo. Em todas as
instituições da fé, há os que gozam, que aproveitam, que calculam, que
criticam, que fiscalizam... Esses são, ainda, candidatos à iluminação
definitiva e renovadora. Os que crêem, contudo, e aceitam as determinações de
serviço que fluem do Alto, serão seguidos pelas notas reveladoras da
imortalidade, onde estiverem. Em nome do Senhor, emitindo vibrações
santificantes, expulsarão a treva e a maldade, e serão facilmente conhecidos,
entre os homens espantados, porque falarão sempre na linguagem nova do
sacrifício e da paz, da renúncia e do amor.
NOSSA REFLEXÃO
Emmanuel nos traz,
historicamente, ou pontualmente, identificando Espíritos missionários, como foi
a presença dos Espíritos superiores na vida desses missionários.
Quando da codificação
da Doutrina Espíritas, em O Evangelho Segundo o Espíritismo, o Espírito Erasto, nos anima com certezas
sobre o acompanhamento aos espíritas estudiosos e fervorosos das falanges
espirituais coordenadas por Cristo:
[...] As línguas de fogo estão sobre as vossas cabeças. Ó verdadeiros adeptos do Espiritismo!... sois os escolhidos de Deus! Ide e pregai a palavra divina. Convosco estão os Espíritos elevados. [...] Ide, Deus vos guia! Homens simples e ignorantes, vossas línguas se soltarão e falareis como nenhum orador fala. Ide e pregai, que as populações atentas recolherão ditosas as vossas palavras de consolação, de fraternidade, de esperança e de paz.[1]
Contudo, para isso, é
preciso a coragem da fé. Emmanuel, ratifica isso, quando nos lembra que: “os que crêem, contudo, e aceitam as determinações de
serviço que fluem do Alto, serão seguidos pelas notas reveladoras da
imortalidade, onde estiverem.”
Allan
Kardec revela a importância dessa coragem:
A coragem das opiniões próprias sempre foi tida em grande estima entre os homens, porque há mérito em afrontar os perigos, as perseguições, as contradições e até os simples sarcasmos, aos quais se expõe, quase sempre, aquele que não teme proclamar abertamente ideias que não são as de toda gente.[2]
Historicamente,
especialmente no início do Cristianismo, muitos cristãos foram jogados às arenas
cheias de leões famintos, crucificados por se identificarem com a Doutrina do
Cristo.
Então, com muita alegria,
apesar de ainda haver perseguições, chegando a assassinatos de líderes religiosos,
a sociedade brasileira proclamou o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (21/01).
Devemos, então,
respeitando as religiões das demais pessoas, confiar que a nossa motivação de
exercer um papel de divulgador da Doutrina Espírita, será protegida e acompanhada
pelo plano espiritual que nos inspirará a fazer o melhor que podemos fazer,
guardadas as nossas limitações espirituais.
Que Deus nos ajude em
nossa fé.