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CONTEMPLA MAIS LONGE
Porque
com a mesma medida com que medirdes também vos medirão.
Jesus (LUCAS, 6:38).
Para o esquimó, o céu é um
continente de gelo, sustentado a focas.
Para o selvagem da floresta, não há
outro paraíso, além da caça abundante.
Para o homem de religião sectária, a
glória de além-túmulo pertence exclusivamente a ele e aos que se lhe afeiçoam.
Para o sábio, este mundo e os
círculos celestiais que o rodeiam são pequeninos departamentos do Universo.
Transfere a observação para o teu
campo de experiência diária e não olvides que as situações externas serão
retratadas em teu plano interior, segundo o material de reflexão que acolhes na
consciência.
Se perseverares na cólera, todas as
forças em torno te parecerão iradas.
Se preferes a tristeza, anotarás o
desalento, em cada trecho do caminho.
Se duvidas de ti próprio, ninguém
confia em teu esforço.
Se te habituaste às perturbações e
aos atritos, dificilmente saberás viver em paz contigo mesmo.
Respirarás na zona superior ou
inferior, torturada ou tranqüila, em que colocas a própria mente. E, dentro da
organização na qual te comprazes, viverás com os gênios que invocas. Se te
deténs no repouso, poderás adquiri-lo em todos os tons e matizes, e, se te
fixares no trabalho, encontrarás mil recursos diferentes de servir.
Em torno de teus passos, a paisagem que te abriga será
sempre em tua apreciação aquilo que pensas dela, porque com a mesma medida que
aplicares à natureza, obra viva de Deus, a natureza igualmente te medirá.
NOSSA REFLEXÃO
Nessa
mensagem de Emmanuel, ele transpõe um momento da vida messiânica do Cristo para
nos dar uma orientação de como devemos conviver com o exterior ou mesmo com o
nosso interior espiritual. O Cristo trata de como devemos julgar o próximo,
sendo nós tão imperfeitos quanta ele[1].
Pensando
na reflexão que Emmanuel nos traz, entendemos que devemos nos despir de nós
mesmos, do homem velho que ainda se faz presente em nós.
Em
geral, julgamos as pessoas na medida que nos julgamos. Reagimos às pessoas,
reagindo a nós mesmos. Em geral, julgamos as pessoas na medida que entendemos
que não fazemos mais o que elas fazem. Neste caso, não estamos sendo indulgente
com elas, pois se não fazemos mais o que elas fazem, podemos ter feito até de
maneira mais inferior em vidas passadas. Além disso, devemos nos despir do
entendimento que as pessoas são como nós.
Então,
se quisermos viver em paz, devemos nos desfazer do inferno em que vivemos. Nos
deixemos observar o que de melhor há fora de nós. A vida não é só tristeza e
perturbação. Em suma, nos deixemos contaminar com o que há de belo no nosso
exterior. Pensemos que podemos ser melhor do que nos achamos, ou imaginamos que
as pessoas acham de nós, lembrando que somos Espíritos perfectíveis fadados à
pureza espiritual[2].
Refletindo
mais um pouco, o que nos impede de avançarmos mais rápido, espiritualmente, são
as diversas capas que nos impede de ver o que tem de melhor em torno de nós.
Emmanuel, sobre isso, nos brinda com a mensagem Impedimentos,
do livro Fonte Viva, que refletimos no nosso blog correspondente.
Que
tenhamos claro o que há de belo em torno de nós e tentemos nos adequar, como
Emmanuel finaliza esta mensagem, à “[...] natureza, obra viva de Deus”.
Que Deus nos ajude.
Domício.
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