domingo, 10 de julho de 2022

MÁ ­VONTADE

 

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MÁ VONTADE

Não vos comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas.

Paulo (EFÉSIOS, 5:11).

Má vontade gera sombra.

A sombra favorece a estagnação.

A estagnação conserva o mal.

O mal entroniza a ociosidade.

A ociosidade cria a discórdia.

A discórdia desperta o orgulho.

O orgulho acorda a vaidade.

A vaidade atiça a paixão inferior.

A paixão inferior provoca a indisciplina.

A indisciplina mantém a dureza de coração.

A dureza de coração impõe a cegueira espiritual.

A cegueira espiritual conduz ao abismo.

Entregue às obras infrutuosas da incompreensão, pela simples má­ vontade pode o homem rolar indefinidamente ao precipício das trevas.

NOSSA REFLEXÃO

Assim como temos o processo que inicia com a boa vontade, apresentado por Emmanuel na mensagem que antecede essa, que ora refletimos, e que nos leva a alcançar o “[....] o divino reino da Luz”, temos o processo que inicia com a má vontade e pode nos levar “[...] ao precipício das trevas.”.

Nossa vida é um misto de relações com pessoas ou Espíritos de boa ou má vontade. Quando temos essa ou aquela índole, nos integramos a uma nuvem de Espíritos afins. Nada fazemos sozinhos. E dependendo da nuvem em que nos entregamos, a boa ou má vontade gerará um caminho bom ou ruim para nós, evolutivamente[1].

Então, devemos ter cuidado com o que pensamos e com o que sentimos em relação ao outro. Temos tentações a conter, pois somos imperfeitos. A má-vontade é uma das tentações que trazemos conosco ao reencarnar. Desse modo, devemos estar atentos quando ela nos bate a porta.

Emmanuel, sobre isso, reflete em Vigiemos e Oremos[2] (Fonte Viva – 110) e oferece o que segue:

As mais terríveis tentações decorrem do fundo sombrio de nossa individualidade, assim como o lodo, mais intenso, capaz de tisnar o lago, procede do seu próprio seio. Renascemos na Terra com as forças desequilibradas do nosso pretérito para as tarefas do reajuste. Nas raízes de nossas tendências, encontramos as mais vivas sugestões de inferioridade. Nas íntimas relações com os nossos parentes, somos surpreendidos pelos mais fortes motivos de discórdia e luta.

 

E, lógico, não trazemos enraizada em nós só a má vontade, mas todas as que a seguem. Então, devemos cortar o mal pela raiz.

Que exercitemos o contrário da má vontade, contruindo um caminho luminoso em nossa vidas e sempre caminhando para o alto e não na direção de um precipício.

Que Deus nos ajude.

Domício.


[1] Vide O Livro dos Espíritos, Parte Segunda, Cap. IX, questões 459-472.
[2]
Vide na íntegra, seguida de nossa reflexão.

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