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O SENHOR DÁ SEMPRE
Pois se vós, sendo maus, sabeis
dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito
Santo àqueles que lho pedirem?
Jesus (LUCAS, 11:13).
Um pai terrestre, não obstante o carinho cego com que muitas vezes envolve o coração, sempre sabe cercar o filho
de dádivas proveitosas.
Por que motivo o Pai Celestial, cheio de sabedoria e amor, permaneceria
surdo e imóvel perante as nossas súplicas?
O devotamento paternal do Supremo Senhor nos rodeia em toda parte. Importa,
contudo, não viciarmos o entendimento.
Lembremo-nos de que a Providência divina opera invariavelmente para o bem
infinito.
Liberta a atmosfera asfixiante com os recursos da tempestade. Defende a
flor com espinhos.
Protege a plantação útil com adubos desagradáveis.
Sustenta a verdura dos vales com a dureza das rochas.
Assim também, nos círculos de lutas planetárias, acontecimentos que nos
parecem desastrosos, à atividade particular, representam escoras ao nosso
equilíbrio e ao nosso êxito, enquanto que fenômenos interpretados como
calamidades na ordem coletiva constituem
enormes benefícios públicos.
Roga, pois, ao Senhor a bênção da Luz divina para o teu coração e para a
tua inteligência, a fim de que te não percas no labirinto dos problemas;
contudo, não te esqueças de que, na maioria das ocasiões, o socorro inicial do
Céu nos vem ao caminho comum, através de angústias e desenganos. Aguarda,
porém, confiante, a passagem dos dias. O tempo é o nosso explicador silencioso e
te revelará ao coração a bondade infinita do Pai que nos restaura a saúde da alma,
por intermédio do espinho da desilusão ou do amargoso elixir do sofrimento.
NOSSA REFLEXÃO
Esse versículo de Lucas,
inspirador para a mensagem de Emmanuel, é contextualizado em um momento em que
os discípulos pede a Jesus que os ensinasse a orar (LUCAS, 11:1-13)[1]. Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, esse momento é inserido no Cap. XXV (Buscai e achareis),
citando Mateus (7:7-11).
Essa mensagem de Emmanuel
nos direciona a pensar que mesmo em situações muito adversas, Deus planeja nossa
libertação dos resultados de passos mal dados em nossa caminhada espiritual.
Toda adversidade pode ser
um elemento que pode nos fazer melhor, pois, sendo um problema, nos leva elaborar
estratégias de resolvê-la, individualmente ou coletivamente. Devemos orar pedindo
a Deus uma assistência, sem esperar que a solução venha de imediato. Às vezes, a
situação parece não ter solução ou, mesmo, os problemas se diversificam, levando-nos
a pensar, como se diz no popular: quanto mais eu rezo, mais assombração aparece.
Contrapondo a isto, Emmanuel esclarece:
Roga, pois, ao Senhor a bênção da Luz divina para o teu
coração e para a tua inteligência, a fim de que te não percas no labirinto dos
problemas; contudo, não te esqueças de que, na maioria das ocasiões, o socorro
inicial do Céu nos vem ao caminho comum, através de angústias e desenganos.
Se Deus houvesse isentado do trabalho do corpo o homem, seus membros se teriam atrofiado; se o houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria permanecido na infância, no estado de instinto animal. Por isso é que lhe fez do trabalho uma necessidade e lhe disse: Procura e acharás; trabalha e produzirás. Dessa maneira serás filho das tuas obras, terás delas o mérito e serás recompensado de acordo com o que hajas feito.[3]
Que tenhamos fé em nós mesmos
e, sobretudo, na Providência divina para com os seres da criação.
Que nos ajude.
Domício.
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