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CURAS
E curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: É
chegado a vós o reino de Deus.
Jesus
(LUCAS, 10:9).
Realmente
Jesus curou muitos enfermos e recomendou-os, de modo especial, aos discípulos. Todavia,
o Médico celestial não se esqueceu de requisitar ao reino divino quantos se
restauram nas deficiências humanas.
Não
nos interessa apenas a regeneração do veículo em que nos expressamos, mas,
acima de tudo, o corretivo espiritual.
Que o
homem comum se liberte da enfermidade, mas é imprescindível que entenda o valor
da saúde. Existe, porém, tanta dificuldade para compreendermos a lição oculta
da moléstia no corpo, quanta se verifica em assimilarmos o apelo ao trabalho
santificante que nos é endereçado pelo equilíbrio orgânico.
Permitiria
o Senhor a constituição da harmonia celular apenas para que a vontade viciada
viesse golpeá-la e quebrá-la em detrimento do espírito?
O
enfermo pretenderá o reajustamento das energias vitais, entretanto, cabe-lhe
conhecer a prudência e o valor dos elementos colocados à sua disposição na
experiência edificante da Terra.
Há
criaturas doentes que lastimam a retenção no leito e choram aflitas, não porque
desejem renovar concepções acerca dos sagrados fundamentos da vida, mas por se
sentirem impossibilitadas de prolongar os próprios desatinos.
É
sempre útil curar os enfermos, quando haja permissão de ordem superior para
isto, contudo, em face de semelhante concessão do Altíssimo, é razoável que o
interessado na bênção reconsidere as questões que lhe dizem respeito,
compreendendo que raiou para seu espírito um novo dia no caminho redentor.
NOSSA REFLEXÃO
Emmanuel nos lembra, nesta mensagem,
uma passagem evangélica, citada em Lucas (10:10-12), em que Jesus orienta seus discípulos,
em uma missão (intitulada “A missão dos setenta (e dois))”[1] para
levar a sua mensagem a toda cidade possível em que Ele programava ir e os orienta
que procedam com curas, mas divulgando que o Mestre com ideias renovadoras do
campo do Espírito estava por estar entre os possíveis doentes que encontrassem
nas cidades.[2]
Esta mensagem nos lembra que se
estamos doentes e somos curados, devemos primar, daí em diante, por sermos
muito cuidadosos com a saúde física e melhorarmos cada vez mais o que nos levou
a adoecer, como pensamentos ou atos maus. Em geral, mais que agradecer por
estamos doentes, lastimamos simplesmente por estarmos.
Sobre isto, em outra mensagem,
impressa no livro Fonte Viva, Emmanuel nos faz refletir um momento de doença no
corpo:
Se te encontras enfermo, não acredites
que a ação medicamentosa, através da boca ou dos poros, te possa restaurar
integralmente. O comprimido ajuda, a injeção melhora, entretanto, nunca te esqueças
de que os verdadeiros males procedem do coração. A mente é fonte criadora. A
vida, pouco a pouco, plasma em torno de teus passos aquilo que desejas.[3]
Então, somos o que pensamos ou agimos.
A cura integral se dá no campo do Espírito. Logo, devemos agradecer a doença e
a cura que ocorrer, pensando que mais do que exposta no corpo físico, a doença
está alojada no perispírito. Assim, deve haver mudança espiritual (mudança de hábitos
e pensamentos) para que a doença do corpo seja extinta, seja na vida presente,
ou depois da partida dela via desenlace do corpo físico. Como Emmanuel nos
questiona, nesta mensagem, ora refletida: “Permitiria o Senhor a constituição
da harmonia celular apenas para que a vontade viciada viesse golpeá-la e quebrá-la
em detrimento do espírito?”
Com
certeza, não.
Que tenhamos consciência disto para
podermos usufruir o máximo possível da presente existência.
Que Deus e nosso Mestre Jesus nos
ajudem.
Domício.
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